Quem recorre aos transportes públicos para se deslocar na capital terá se armar de paciência — o caos parece não ter fim à vista. À supressão de comboios devido à paralisação dos maquinistas da CP – Comboios de Portugal, vai juntar-se a paragem dos autocarros e elétricos da Carris. Os trabalhadores da empresa vão estar em greve parcial entre os dias 4 e 11 de abril.
O protesto foi decidido após a empresa ter anunciado um acordo na quarta-feira, 15 de março, na qual propunha um aumento salarial de 70 euros. Porém, o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP) optou por não assinar o despacho.
A estrutura sindical reivindica um acréscimo de 100 euros no salário, horários de sete horas de trabalho diário e rendições dos funcionários junto às estações. A transportadora não cedeu e cerca de 200 funcionários reuniram-se para discutirem a resposta negativa da administração às negociações salariais.
Manuel Leal, representante do STRUP, explicou à “Lusa” que “foi decidido pelos trabalhadores a marcação de um período de greve às duas primeiras horas e últimas horas [de cada trabalhador]”, prevendo-se ainda perturbações nas horas extraordinárias.
O sindicato de trabalhadores da Carris ainda que a greve poderá será prolongada, dependendo da resposta da empresa às reivindicações. O pré-aviso foi entregue pelo dirigente sindical esta quinta-feira, 16 de março.