Júlio Cardoso é o completo oposto da mãe, Dorinda Cardoso. O empresário não tem medo de arriscar e de partir à descoberta de melhores oportunidades, seja onde for. Já a mãe, mais pessimista, não gosta muito de mudanças nem de sair da zona de conforto. No entanto, quando viu pela primeira vez um terreno em Pedroso, em Vila Nova de Gaia, “sentiu esperança”.
“Quando os meus pais o adquiriram, há cerca de 40 anos, a minha mãe olhou para a propriedade com otimismo, com expectativas de que o investimento fosse correr bem”, conta Júlio à NiT. Foi precisamente essa esperança — e a cor favorita da mãe — que acabaria por dar nome ao refúgio que abriu no local: a Quinta Verde Esperança.
Nascido e criado no Porto, Júlio Cardoso vive fora de Portugal há mais de uma década. Já passou por países como Suécia, França e EUA, onde abriu uma empresa na área financeira e de investimentos, em Nova Iorque. Diz “gostar de andar de um lado para o outro”, mas nunca esqueceu as suas raízes.
Assim, quando a mãe decidiu colocar a quinta à venda, escolheu comprá-la, em 2018. “Na altura o meu pai comprou-a para ter algo na terra natal. Inicialmente era uma quinta de animais, mas depois construiu a casa principal, onde chegámos a viver uns tempos, e um campo de ténis”, recorda o empresário, de 38 anos.
As recordações dos tempos que viveu na propriedade não o deixaram abdicar do espaço. Desde 2018 que tem construído ali “o seu paraíso”. Com a ambição de a transformar num “pequeno resort”, começou a realizar algumas obras de melhoria.
“Estava ainda com uma versão muito rural, fiz alterações para criar algum luxo. Antes era mais uma quinta agrícola com animais e tornei-a numa espécie de zoológico, mas com mais luxo”, revela.
A casa principal tem dois quartos, o edifício secundário tem um, e existe ainda um pequeno estúdio. O alojamento abriu ao público em 2018, mas a pandemia da Covid-19 veio mudar o rumo do projeto temporariamente.
O espaço deixou de funcionar tanto como alojamento local e passou a ser palco de eventos, como casamentos. Foi por volta dessa altura que Júlio decidiu construir uma pequena casa nórdica de madeira, com capacidade para duas pessoas, inspirada nos dias que passou na Suécia.
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“Vivi muito tempo no país e sempre adorei as casas escandinavas. A ideia surgiu de um brainstorming com uma empresa que contratei para organizar experiências surpresa a casais”, conta à NiT.
Com o passar do tempo, Júlio sentiu que estava na altura de devolver à quinta o conceito de alojamento local, sendo esse o seu principal foco. Assim, em outubro de 2023, arrancou novamente com obras para essa transformação.
Em junho do ano passado, a Quinta Verde Esperança abriu novamente ao público, apenas com uma charmosa casa nórdica, situada no meio da natureza. O bungalow de madeira, ao estilo escandinavo, é composto por uma casa de banho, uma cozinha pequena e uma cama de casal.
Para tornar a experiência ainda mais romântica, os hóspedes têm à disposição um jacuzzi privativo, envolvido na tranquilidade do pomar, e um firepit para convívios noturnos, perfeito para escapadinhas de inverno.
No início de abril, a Quinta Verde Esperança deverá abrir ao público os restantes espaços: a casa principal com os dois quartos, o edifício secundário com um quarto, e o estúdio com capacidade para quatro pessoas.
A quarta casa foi convertida numa garrafeira e há ainda uma zona lounge para os hóspedes conviverem. A nível de áreas comuns, Júlio destaca o “pequeno zoológico”, a casa de diversos animais como pavões, perus, coelhos, patos, gansos, cabras e ovelhas, que passeiam livremente pelo jardim, que conta com mais de 100 árvores de fruto.
O campo de ténis, onde também é possível jogar basquetebol ou futebol, é outro dos destaques, assim como a mesa de ping pong. Para o futuro, o responsável adianta que já está a trabalhar na construção de uma piscina e que o objetivo, nos próximos anos, é construir mais duas ou três casas nórdicas.
Quanto aos preços, o valor da estadia no bungalow de madeira ronda os 150€ por noite. As reservas podem ser feitas online.
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