Todos a conhecem como Casa Vermelha, por ter a particularidade de estar coberta com telha. Apesar do aspeto diferenciador, o imóvel, situado em Vila Nova de Cerveira (que chegou a ser palco para as gravações da novela da SIC, “Sol de Inverno”, transmitida em 2013), tem estado devoluto há vários anos. No entanto, essa realidade vai mudar.
Depois de ter sido vendido em hasta pública pela Câmara de Vila Nova de Cerveira, por 360 mil euros, em outubro de 2022, o edifício emblemático vai ser transformado num hotel de quatro estrelas.
A construção da nova unidade hoteleira, situada junto à piscina municipal e virada para o rio Minho, vai arrancar já neste mês de março, adiantou à “Rádio Vale do Minho” o presidente da Câmara, Rui Teixeira.
O investimento previsto é de cerca de sete milhões de euros. O autarca acredita que o projeto hoteleiro vai “dinamizar ainda mais o turismo em Vila Nova de Cerveira e aumentar a qualidade deste turismo”.
O eco-hotel será composto por cerca de 100 quartos, um restaurante com gastronomia regional e um spa inovador. O rooftop com vista sobre o rio é outro dos destaques.
“Trata-se de uma aposta inovadora que pretende enaltecer a oferta hoteleira da região do Alto Minho, destacando uma forte ligação ao rio Minho, à arte local e à eco sustentabilidade”, disse a investidora e administradora Emília Duarte, em declarações ao portal COMPETE2030, que cofinancia o projeto.
Com dois pisos, a casa é construída “em pedra e cal, coberta a telha tipo mourisca, que do lado norte tem anexado um torreão, uma espécie de mirante”. O edifício tem uma área total de terrenos de 355 mil metros quadrados e mais de 3000 metros quadrados de terreno de horta com vinha.
A localização privilegiada e a arquitetura integrada na paisagem prometem oferecer uma “experiência diferenciadora”, naquele que será um hotel “inovador e sustentável”.
Com o objetivo de dinamizar e dar a conhecer a cultura e a tradição local, serão feitas parcerias com espaços da região como o Museu da Bienal de Vila Nova de Cerveira e o Aquamuseu do Rio Minho, que permitirão aos hóspedes explorar o património artístico e ambiental da zona.
A oferta será complementada por uma loja de produtos locais, que destacam o artesanato e a filigrana, assim como atividades lúdicas aquáticas e ecológicas. Outra preocupação do projeto é a sustentabilidade, pelo que vão proceder à instalação de painéis fotovoltaicos, assim como criar estações de carregamento para veículos elétricos.
Com um conceito que pretende, assim, combinar conforto, inovação e sustentabilidade, o eco-hotel será uma “referência na oferta turística do Alto Minho”. Ainda não há data prevista de abertura.
