Turismos Rurais e Hotéis

Airbnb proíbe festas em alojamentos locais em todo o mundo

É ainda estabelecida a ocupação máxima de 16 hóspedes por local. Medidas são para todas as futuras reservas, indefinidamente .
Acabou a festa.

Promover a saúde pública e as viagens responsáveis, apoiando medidas de saúde de distanciamento social. Para cumprir estes objetivos, e depois de várias medidas mais restritivas, chegou mesmo a decisão, com consequências sérias para quem a quebrar: esta quinta-feira, 20 de agosto, a Airbnb anunciou a proibição mundial de todos os tipos de festas e eventos nos alojamentos anunciados na plataforma, incluindo um máximo de 16 hóspedes por alojamento. Esta aplica-se a todas as futuras reservas e permanecerá em vigor “indefinidamente”, até nova determinação.

Em comunicado, a maior empresa de alojamento local do mundo explica que as festas não autorizadas “foram sempre proibidas nos alojamentos anunciados na plataforma Airbnb”. De facto, adianta, 73% dos alojamentos anunciados em todo o mundo já proíbem festas nas suas Regras da Casa, e a maioria dos hóspedes demonstra respeito por estas regras e pelos vizinhos. No entanto, tradicionalmente, era permitido aos anfitriões, de acordo com o seu próprio critério, autorizar pequenas festas, como de aniversário, se as considerassem adequadas à sua casa e bairro.

No entanto, adianta a Airbnb, ainda no ano passado, pré-pandemia, a plataforma delineou limites mais rigorosos, começando por proibir o que era conhecido como “casas de festas”: ou seja os espaços que repetidamente causavam desconforto aos vizinhos.

Foi também lançada uma linha a funcionar 24 horas por dia, nos EUA e Canadá, que permite a comunicação directa com os vizinhos, ajudando a impor a proibição, e que está agora planeada para ser alargada a todo o mundo. Esta surgiu em paralelo com novas iniciativas para prevenir festas não autorizadas, tais como a revisão de reservas de alto risco e restrições na reserva de alojamentos completos na sua área local para hóspedes com menos de 25 anos de idade sem um historial de avaliações positivas.

Quando foi declarada a pandemia e o distanciamento social tornou-se essencial, foram criadas novas políticas, explica ainda a plataforma. O site começou por remover o filtro de pesquisa “Eventos Permitidos”, bem como a categoria “Eventos e Festas permitidos” das Regras da Casa dos espaços que permitiam eventos. Além disso, foram implementadas regras que exigem que todos os utilizadores cumpram as medidas de saúde locais relacionadas com a Covid-19, que nessa altura limitavam os ajuntamentos, proibindo efectivamente festas e eventos.

No entanto, a empresa reparou em mudanças no comportamento de alguns hóspedes quando, por causa da pandemia, muitos bares, discotecas e clubes foram fechados. Isto, frisa, “levou muitas pessoas a deslocar estas actividades para casas, por vezes alugadas através da plataforma Airbnb”.

No comunicado, a empresa norte-americana frisa que que este tipo de comportamento é “extremamente irresponsável” e diz mesmo: “não quer esse tipo de negócio, nem os que lhe estão relacionados”. Por isso, chega agora a proibição global de festas e eventos; algo que, acredita, defende a saúde pública.

Na prática, as festas são então proibidas para todas as futuras reservas. Além disso, os alojamentos podem ter uma ocupação máxima de 16 pessoas, o que se aplica sobretudo a grandes espaços que têm sido publicitados com uma capacidade de mais de 16 pessoas.

A Airbnb ressalva estar actualmente a estudar a possibilidade de gerar um processo de excepção para estabelecimentos hoteleiros especializados e tradicionais, como hotéis boutique. E lembra que, para quem contornar as regras, foram implementadas “consequências graves para os anfitriões ou hóspedes”, incluindo a expulsão da plataforma ou mesmo ações legais.

Finalmente, a plataforma destaca ainda que, apesar da proibição de ocupação ter um limite de 16 pessoas, esta é apenas uma medida adicional para tentar evitar festas, mas ressalva que não quer dizer que aprove reuniões mais pequenas, “e que se espera que todos os membros da comunidade cumpram as restrições locais”.

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