Quando pensamos numa escapadinha a dois, procuramos um alojamento o mais privado possível, de preferência no meio da natureza para um ambiente ainda mais intimista. Fugindo da confusão da capital, não é preciso conduzir por muito tempo. Bastam 30 minutos para chegar ao local perfeito que junta o melhor dos dois mundo. Fica na estrada do Alfaro, em Azambuja, e por aqui vive-se uma verdadeira conexão com a natureza, sem nunca abdicar do conforto. O nome? Não tem como enganar.
Alfaro 95 combina a denominação da rua com o ano de construção da casa principal. Mas não, aqui não vai ficar instalado numa típica casa dos anos 90. Em vez disso, vai poder acampar com estilo. Esqueça a ideia de tenda, colchonete ou colchões de ar. Em apenas seis metros quadrados tem tudo o que precisa para se sentir confortável
“Queríamos mesmo seguir o conceito de slow living”, diz à NiT, Helena Cruz, uma das proprietárias do mais recente espaço de glamping do Ribatejo.
Helena e o marido Hélio Branco compraram a casa e o terreno há cinco anos e logo perceberam que este investimento “só fazia sentido se fosse partilhado”. Por isso, em julho, abriram as portas de casa a toda a gente. Mas é na zona da piscina, junto à fogueira, no meio de pinheiros mansos e árvores de fruto, que dois ou três hóspedes (no máximo) ficam alojados. A construção em madeira tem um quarto, casa de banho, microondas e um mini frigorífico. Tudo o que é preciso para viver de forma minimalista.
“Aqui a ideia é descomplicar e seguir a simplicidade”, acrescenta a dona.
Formada na área de Recursos Humanos, Helena afirma ter uma “verdadeira paixão em mimar” os seus convidados. Entre os comentários dos turistas que por lá passaram, são frequentes os elogios à receção dos anfitriões e, sobretudo, ao pequeno-almoço. No Alfaro 95, por exemplo, nunca falta um bolo ou compota caseira. “Framboesas do mercado, maracujás da praça. Temos o cuidado de comprar produtos locais”.
A localização é outro fator essencial. Entre Lisboa e a Serra do Montejunto, este destino é ideal para quem prefere um ambiente isolado ou para quem gosta de explorar a natureza. O projeto está a ter tanto sucesso,que o casal já pensa em colocar mais dois bungalows no quintal. “É mesmo muito bom receber as pessoas, interagir com elas e oferecer uma escapadinha. Chegamos a criar relações muito giras”.
No fundo, a relação de Helena e Hélio com os hóspedes é semelhante à de dois vizinhos simpáticos, que nos oferecem um sumo ou chá feito com as ervas da pequena horta. O ambiente acaba por se tornar tão próximo que até o gato da família — o Chiquito — aparece pelo bungalow para pedir comida.
Quem ali chega, “nunca vai ao engano”. Há pó e mosquitos, é verdade. Mas há uma experiência inigualável no Ribatejo, garantem os donos. Passar uma noite neste espaço pode custar em média 100€ por noite, mas como é habitual, o valor depende de cada época.
“Temos tido um feedback muito positivo e daqui só saem amigos mais leves, nunca desiludidos”.
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