A Casa do Bóco, em Oliveira do Hospital, recebeu os primeiros hóspedes há mais de 40 anos, em 1980. Numa altura em que os alojamentos de turismo rural ainda não estavam na moda, esta casa histórica do século XVIII, em granito, foi um dos primeiros turismos de habitação a abrir ao público — e tudo começou com o espírito empreendedor da avó de Francisco Antunes.
“Era uma propriedade familiar e foi ela que decidiu transformar esta antiga casa senhorial com adega em apartamentos de diferentes tipologias”, conta à NiT o atual responsável. Hoje Francisco tem 30 anos, mas recorda-se vagamente das férias que passava na quinta e com os hóspedes.
Ajudava a matriarca como podia, longe de imaginar que ele e a irmã haveriam de dar seguimento ao negócio. “O alojamento fechou em 2001 devido à idade avançada da minha avó, e assim se manteve nos 10 anos seguintes”, recorda.
Já mais crescido, quando percebeu que os projetos de turismo rural “estavam a reaparecer”, sugeriu à irmã a reabertura ao público da propriedade familiar, situada no sopé da Serra da Estrela. Em 2012, após um estudo de mercado, a Casa do Bóco voltou a abrir portas. O nome singular foi “escolhido” pela comunidade local.
“Sempre foi conhecida desta forma na freguesia. Isto porque está situada no beco de uma rua e, com o passar dos anos, passaram-lhe a chamar-lhe Bóco”, explica o responsável. Não foi só o nome que mantiveram: toda a estrutura original, com as paredes em pedra, foi preservada.
Na altura, reabriram com cinco apartamentos, mas têm feito melhorias ao longo dos anos, tanto no exterior como no interior. Uma das maiores novidades chegou em 2024: uma piscina.
“Sentíamos que era uma lacuna. Muitos clientes diziam que o que realmente faltava era uma piscina”, explica. Além do novo equipamento, os últimos meses foram passados a “melhorar a área exterior”, que já estava “um pouco desatualizada”. “Colocámos uma calçada e fizemos uma esplanada maior para os hóspedes estarem mais à vontade e aproveitarem melhor o verão”, afirma.
Os apartamentos também sofreram alterações e passaram de cinco para seis, de diferentes tipologias (um T1, dois T1 e dois T3 e um estúdio) e com uma decoração pensada para ir “ao encontro do estilo rústico da casa”. Cada uma das unidades está equipada com aquecimento central, sendo que algumas têm lareira e kitchenette.
Os hóspedes têm ainda acesso uma sala onde são servidos os pequenos-almoços e a uma sala comum, que muitas vezes é palco de eventos. No exterior podem aproveitar toda a zona verde que rodeia a piscina, onde se encontram mesas para refeições ao ar livre. Para Francisco, o grande objetivo é fazer com que os “clientes se sintam em casa”.
Quanto aos preços, os valores variam consoante a tipologia e começam nos 75€ por noite. As reservas podem ser feitas online.
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