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A cabana a 1 hora de Lisboa para fazer um detox digital completo

À chegada, os hóspedes são convidados a guardar os aparelhos eletrónicos numa caixa. Há um guia de "atividades offline".

Com agitação da rotina e a dependência cada vez maior dos objetos tecnológicos que nos rodeiam, é cada vez mais difícil reservarmos um tempo livre para nos esquecermos dos telemóveis e dos computadores por algumas horas. Há quem se sinta aborrecidos sem acesso a ecrãs, ou quem tenha medo de perder notícias urgentes, mas a verdade é que os estímulos constantes afetam a saúde e é necessário, por vezes, desligar tudo e relaxar a mente.

Leonor Reis, de 33 anos, e Bernardo Catalão, de 34, aperceberam-se da importância dos famosos detox digitais (a prática de passar horas ou dias sem aparelhos eletrónicos) quando se mudaram para a Austrália. O casal lisboeta viveu durante cinco anos do outro lado do mundo e, frequentemente, aproveitavam para fazer escapadinhas relacionadas com o meio ambiente.

“Com a diferença horária e o facto de estarmos mais sozinhos, acabávamos por fazer um detox digital sem pensar muito nisso”, começa por contar à NiT Leonor. “Deixávamos os telefones desligados e íamos acampar ou dormir no carro aos fins de semana.”

À medida que começaram a fazer este tipo de atividade com frequência, aperceberam-se do “efeito calmante e positivo” que as escapadinhas tinham. “Foi nesta altura que começou a assentar um bocadinho a ideia de que em Portugal não existe ainda muito esta cultura de desligar o telemóvel e escapar para a natureza.”

Quando regressaram a Portugal, começaram a pensar numa forma de oferecer tudo aquilo que viveram na Austrália para o nosso País. Foi assim que em dezembro passado, lançaram a sollō, uma experiência de detox digital numa cabana no meio na natureza.

“Começámos a construir uma tiny house para a pessoa poder ficar confortável, mas ter esta oportunidade de viver no meio de uma experiência totalmente inserida na natureza, sem telefone”, conta. 

É uma oportunidade para descansar.

Quando lá chegam, os hóspedes podem fechar “tudo o que faça mal” numa caixa com chave. “Pode ser o telemóvel, o computador, o tabaco ou o que a pessoa quiser”, aponta Leonor. Embora não seja obrigatório, é ideal para conseguirem terem uma experiência de detox mais autêntica e completa.

A cabana acolhe até duas pessoas e dispõe de uma cozinha equipada. Existe também um guia de atividades “offline” para fazerem, como caminhadas, pinturas, receitas, entre outras.A única regra da sollō é que as estadias sejam de duas noites, no mínimo.

“O primeiro dia é sempre mais complicado porque o efeito demora a acentuar. A pessoa chega de um dia que normalmente já é stressante e apesar de desligar o telefone, ainda está a pensar em pequenas coisas da vida normal que deixou para fazer.” Normalmente, só a partir do segundo dia é que consegue finalmente relaxar.

Até à data, a sollō conta apenas com uma cabana, batizada de Olivia. Mas o casal avança que já está a pensar na construção de uma segunda. “O feedback tem sido tão positivo que queremos criar mais destes refúgios. Não é só expandir, mas também continuar a melhorar a experiência para que seja mesmo uma coisa inesquecível e única.”

A tiny house está situada numa quinta privada no Alentejo, a uma hora de Lisboa. Por este motivo, a localização exata só é enviada após a confirmação da reserva.

A diária começa no custa 139€ durante os dias de semana e 169€ aos fins de semana. As reservas podem ser feitas através do site do projeto.

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