Em 2016, o empresário Paulo Amaro começou à procura de um terreno perto de Lisboa para plantar castas autóctones. O sonho levou-o até uma antiga adega, com cinco hectares, na localidade de Aldeia Galega da Merceana, no concelho de Alenquer, onde arrancou com um projeto de enoturismo.
Volvidos oito anos, o investimento de 800 mil euros deu origem a uma marca internacional. Os vinhos biológicos da Cas’Amaro (Madame Pió, Falatório e Três Corujas) já chegaram a países como Brasil, Inglaterra, Alemanha e Países Baixos, atraindo também vários turistas estrangeiros para a quinta no oeste de Lisboa.
Entretanto, o empresário, que detém duas empresas — a Socime Medical, de dispositivos médicos, e a Numerpix — adquiriu mais quatro propriedades, que custaram quatro milhões de euros. São elas a Quinta Bustelo, em Marco de Canaveses, a Quinta S. Joaquim e Navarro, em Armamar, a Quinta Fontalta, em S. João de Areias e a Quinta Castelête, em Estremoz.
Aficionado por vinhos desde cedo, Paulo decidiu explorar um novo projeto, unindo a produção de vinhos biológicos ao enoturismo. Os terrenos, que se encontram em diversas regiões vitivinícolas, vão transformar-se em quatro boutique hotéis, com conclusão prevista até 2027.
“Pretendo fazer uma espécie de uma cadeia hoteleira, numa primeira fase muito vocacionada para o enoturismo”, afirmou o fundador da Cas’Amaro ao jornal “ECO”, confessando o desejo de “apostar numa espécie de circuito” de penas unidades de luxo.
Os projetos de reabilitação, que já arrancaram e continuam a ser desenvolvidos, vão dar origem a alojamentos com, aproximadamente, 20 quartos cada. Todas as propriedades contam com área de vinha, somando, ao todo, cerca de 76 hectares.
A Quinta Fontalta, na região do Dão, foi adquirida há quatro anos, enquanto os terrenos no Alentejo e no Douro foram comprados há três. Recentemente, no início deste ano, adquiriu a quinta na região dos Vinhos Verdes.
Com exceção do boutique hotel na Quinta S. Joaquim e Navarro, que só deverá estar pronta em 2027, todos os projetos poderão ficar concluídos já no próximo ano. Paulo Amaro pretende dar emprego a 15 pessoas em cada uma das propriedades.
Os vinhos do Alentejo e do Douro da Cas’Amaro vão começar a ser comercializados apenas a partir de 2025. As referências do Dão já estão a ser vendidos com as insígnias Porto Espinho, Mitologia e Caminho, enquanto os Vinhos Verdes chegaram ao mercado com a marca Bustelo.
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