As iniciativas solidárias de apoio aos cidadãos ucranianos vítimas da invasão russa ao país têm-se multiplicado um pouco por todo o mundo. Além das contribuições de muitos populares, várias grandes empresas internacionais têm lançado medidas com o objetivo de ajudar os refugiados, que segundo os últimos dados divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidos para os Refugiados (ACNUR) contabilizam já 1,7 milhões.
Em Portugal, a cadeia de hotelaria Hub — em articulação com a embaixada da Ucrânia e a Câmara Municipal de Lisboa — também lançou uma iniciativa que visa abrigar cidadãos ucranianos. “Fomos acompanhando as notícias e percebemos que haveria necessidade de ajudar as pessoas”, explica Nuno Constantino, diretor geral do grupo à NiT.
Desta vontade de ajudar surgiu a acção #HostelsForUkranians, que dá “casa a quem, infeliz e inesperadamente, teve de fugir da sua.” Este apoio será disponibilizado em quatro dos hostels da marca: Lisbon Patio, Hub Lisbon Nomad, Aktion Ericeira e Aktion Peniche.
Se no início pensavam que seriam sobretudo pessoas vindas da Ucrânia a usufruir do alojamento, rapidamente se aperceberam que a situação não seria assim tão linear. “As primeiras famílias que recebemos estavam cá de férias e que já não conseguiram regressar”, descreve o responsável. Nuno Constantino afirma que também estão a acolher bastantes ucranianos trazidos por amigos que foram buscá-los a zonas de fronteira, algo que tem acontecido com frequência nos últimos dias.
A duração da estadia oferecida é de aproximadamente dois meses, considerando o período de adaptação a uma nova realidade, uma nova cultura e a um novo país. No total, o grupo Hub disponibiliza 38 camas: 20 em Peniche, 12 nos hostels de Lisboa e seis no da Ericeira — todas as vagas já foram preenchidas.
A inciativa #HostelsForUkranians também tem causado furor nas redes sociais, tendo gerado reações “fantásticas” por parte dos utilizadores, que se juntaram para apoiarem outras campanhas de apoio lançadas pelo grupo de hostels. “Precisávamos de alimentos, artigos de higiene, roupa íntima, e as pessoas colaboraram bastante”, realça.
Nuno Constantino apela ainda a “que toda a comunidade hosteleira, de alojamento local e hoteleira se junte a este movimento de solidariedade para abrigar o maior número de refugiados ucranianos.”