João e Sara vivem os dois no Porto — ele tem uma empresa de consultoria; ela é fotógrafa — mas sempre sonharam em construir, um dia, uma casa à beira rio para umas escapadinhas de fim de semana. Quando, há cerca de seis anos, descobriram o município de Baião, durante as buscas intensivas por um terreno, apaixonaram-se pela beleza indiscutível do local, que serviu de inspiração a escritores, como Eça de Queiroz.
Dos cumes da Serra do Marão até às margens do rio Douro, há quem diga que Baião oferece o melhor dos dois mundos: um rico património cultural e arquitetónico e uma beleza natural em estado puro. Para o casal, não foi difícil imaginar passar férias num local assim.
“Decidimos comprar um terreno para construir uma casa para nós. Pelo caminho, comprámos uma segunda propriedade, encostada ao terreno, para ficarmos lá durante as obras”, começa por contar à NiT João Brás, de 48 anos. À medida que o tempo passava, a paixão pelo sítio crescia — e decidiram comprar uma terceira casa. Desta vez, já a pensar no turismo.
“Começámos a gostar cada vez mais de Baião. Era espetacular para as pessoas passarem férias e decidimos investir nesta zona”, reforça o proprietário. Sem saberem, adquiriram duas casas, construídas em 1937, que acolheram pessoas com a mesma profissão.
Em tempos, viviam ali duas famílias de médicos que, quando não estavam no Porto, prestavam cuidados e atendiam os habitantes da região gratuitamente. “Eram os dois oftalmologistas e ajudavam as pessoas que não tinham condições para pagar consultas”, conta. Assim que descobriram as histórias que se escondiam por trás das duas propriedades, sabiam que tinham de preservar os traços originais das casas.
Assim, enquanto esperavam que a casa principal ficasse pronta, começaram a remodelar as outras duas. Modernizaram “tudo o que eram infraestruturas”, substituíram o telhado, colocaram proteções térmicas e substituíram a ardósia antiga na parede por uma mais recente. Tudo o resto, ficou praticamente igual.
Em julho, as duas propriedades — as casas de Cima e do Monte —, geridas pela Feel Discovery, começaram a receber os primeiros hóspedes.
Casa do Monte
A habitação acolheu o casal, enquanto esperavam que as obras estivessem concluídas. Quando João e Sara a compraram, nunca foi com a ideia de abrir ao turismo, mas os planos acabaram por mudar. Situada junto ao terreno que tinham adquirido, a Casa do Monte destaca-se pela localização privilegiada: está encostada ao Douro e até tem acesso direto ao rio, graças a uma rampa e escadaria.
O refúgio de férias, “encantador e confortável”, combina comodidades modernas com o “verdadeiro charme tradicional português”. “Cada janela é como uma pintura realista das belas vistas desta região”, descrevem.
A propriedade dispõe de três quartos (com vista direta para o rio), três casas de banho, uma sala e cozinha em open space. Tem capacidade para acomodar um total de sete hóspedes, que também podem aproveitar o jardim do espaço e o pequeno tanque que transformaram numa piscina, para aqueles que não gostam tanto do rio — apesar da água atingir os 27 graus no verão. “É quase como estar nas Caraíbas”, destaca.
Quanto à estadia, os preços para ficar hospedado na Casa do Monte rondam os 350€ por noite. As reservas podem ser feitas online.
Casa de Cima
Ao contrário da primeira, esta propriedade, que fica a cerca de um minuto a pé, já foi comprada com o intuito de se transformar num alojamento local. Não fica mesmo encostada ao, mas, por estar ligeiramente mais acima, tem uma vista ainda mais privilegiada, sobretudo da barragem do Carrapatelo.
No primeiro andar encontram-se duas suites, cada uma com casa de banho privativa, e é no rés-de-chão que fica a sala e cozinha, também em open space. Com um estilo contemporâneo, “representa um eco da natureza reunido numa casa de luxo intimista”.
A villa, localizada num dos locais mais privilegiados de Baião, tem capacidade para acolher confortavelmente até cinco pessoas. Os preços por noite rondam os 280€.
A seguir, carregue na galeria para ver mais fotografias dos dois novos alojamentos locais de Baião.