Turismos Rurais e Hotéis

Lagoa Azul da Figueira da Foz pode vir a ser um eco resort sustentável

Mota-Engil quer construir um projeto com “características inovadoras” na antiga pedreira de Maiorca.
Foto: Lcorreia.

Maiorca não é só o nome de uma das Ilhas Baleares, é também uma vila escondida na Figueira da Foz. É uma das mais genuínas e bem preservadas vilas no concelho, com diversos edifícios históricos e religiosos, mas o principal ponto de interesse é mesmo a enorme lagoa azul-turquesa.

Localizada numa antiga pedreira, a água azul esverdeada parece saída de cenários paradisíacos — e conquistou também a Emerge ‒ Mota-Engil Real Estate Developer, que tem planos para construir ali um eco resort sustentável. A empresa imobiliária quer avançar com um projeto associado ao bem-estar em Maiorca, ainda em data a anunciar, para dinamizar economicamente esta zona do país.

Por enquanto, está à procura de operadores turísticos que queiram investir neste projeto com “características diferenciadoras”, como a lagoa azul ou o facto de ser uma região ainda pouco explorado a nível turístico. “Estamos à procura do parceiro ideal da área de hotelaria para levar o projeto avante, para criar uma unidade diferenciadora”, adianta ao “ECO” Rui Roncha, diretor criativo da empresa.

O eco resort sustentável e de bem-estar vai nascer num terreno com uma área total de 18 hectares, que é propriedade da Emerge, e onde em tempos funcionou uma pedreira. Depois de desativada, deu lugar à famosa lagoa azul, como é conhecida entre a população da freguesia devido à cor turquesa das águas.

A empresa imobiliária está a “estudar a viabilidade de desenvolver no terreno esta unidade hoteleira com grandes preocupações ambientais e de sustentabilidade, nomeadamente mediante a utilização de materiais recicláveis”, explica. O objetivo é que seja feito com o menor impacto ambiental possível na envolvente, de forma a não desvirtuar a beleza natural daquele espaço.

“Não pretendemos, de todo, massificar a construção, bem pelo contrário, pois queremos criar uma oferta que seja bem integrada com o próprio terreno para que a construção conviva, de forma harmoniosa e estética, tanto com a lagoa como com a pedra existente que também tem umas características muito especiais“, assegura.

A lagoa azul será uma das estrelas do projeto. “Pretendemos incorporar a lagoa nas atividades do próprio eco resort, nomeadamente para que as pessoas possam nadar”, diz. Atualmente, o espaço não é aconselhado a banhos por não se conhecer a composição química da água, daí estar semi-vedada.

Com a lagoa como cenário de fundo, o projeto turístico estará inserido numa área com vários campos de arroz à volta. A Junta de Freguesia de Maiorca já se manifestou sobre os planos da Mota-Enfil e diz ser um “projeto inédito” de vários milhões de euros na extinta exploração de pedra da empresa Guilherme Varino e Filhos, que vai criar “dezenas de postos de trabalho, diretos e indiretos, que se irão refletir na economia local e regional”. 

 

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