Turismos Rurais e Hotéis

Marucas, as irmãs que deram nome a um refúgio num dos locais mais bonitos do Douro

Está situado numa propriedade familiar com mais de cinco décadas onde se produz vinho e azeite. Vai abrir portas em abril.
Fica rodeado de vinhas.

Há mais de 50 anos, na aldeia de Alvações do Tanha, no distrito de Vila Real, viviam duas irmãs, de seu nome Marucas, que eram opostos completos: uma tinha uma personalidade forte e exuberante, a outra era tão discreta que quase não se via. “Não eram lá da aldeia, mas foram para lá morar quando eram pequenas. Há um mito engraçado de que só existia uma irmã, porque mal viam a outra”, conta à NiT Patrícia Costa, neta do casal que adquiriu aquela que, em tempos, foi a casa da família Marucas.

Quando as duas irmãs decidiram colocar o terreno onde viviam à venda, os seus avós viram ali uma oportunidade de negócio. “Queriam comprar o terreno com a vinha, na altura era um negócio rentável e também achavam piada. Quando souberam que elas estavam interessadas em vender, decidiram comprá-lo” revela Patrícia, de 43 anos.

Começaram assim a tratar da vinha, mas a casa esteve abandonada durante muito tempo. Chegou a ser emprestada muitas vezes a amigos que precisavam de um sítio para dormir, mas pouco mais do que isso. Com o tempo, acabou por ficar cada vez mais deteriorada, até que Patrícia, que é educadora de infância, decidiu dar-lhe uma nova vida.

“Depois de alguns anos a lecionar pelo País fora e de ser mãe, decidi parar e regressar ao Douro e dar início ao projeto Casa das Marucas”, conta. O processo não foi nada fácil, foram obras atrás de obras, muita burocracia e uma pandemia pelo meio mas, juntamente com o marido, que é engenheiro agrícola, conseguiram transformar a antiga casa num turismo rural, que vai abrir portas já no dia 7 de abril. E, claro, o nome Marucas manteve-se em homenagem às duas irmãs.

“O projeto inicial eram só cinco quartos, mas disseram que, para ter rentabilidade, teríamos de ter sete quartos, então tivemos de remodelar praticamente tudo”, recorda. Optaram por manter a fachada em pedra “para relembrar o passado”, à acrescentaram uma parte contemporânea. “É uma mistura de construção antiga e um pedaço de construção moderna”, diz.

Depois de sete anos a desenvolverem o projeto, fizeram nascer uma casa de campo com sete suites e oito casas de banho, um espaço clean e aconchegante, “num dos locais mais bonitos do Douro”. A sala está equipada com uma salamandra para os dias mais frios e os quartos, assim como a cozinha, tem grandes janelas com vista para a paisagem verdejante. 

Já no exterior, os hóspedes podem aproveitar os dias de maior calor para mergulhar na piscina ou aproveitar para fazer um piquenique perto das vinhas. “É mesmo no cimo da aldeia, não há mais ninguém e o local é super sossegado”, destaca.

A casa e a propriedade envolvente engloba a produção de vinho e azeite, um empreendimento familiar com mais de cinco décadas. “Quando o meu avô morreu, foi o meu pai que ficou a tomar conta da vinha. Posteriormente também adquiri os terrenos e agora somos pequenos produtos de vinho e azeite”, conta.

Além da estadia, a Casa das Marucas também vai oferecer outras experiências aos hóspedes, sobretudo na época da apanha da azeitona e das vindimas. “Vamos ter degustações e provas de vinho, jantares típicos que fazemos no final das vindimas. Na altura da apanha das azeitonas, as pessoas podem participar na atividade, ver como se faz o azeite”, revela Patrícia. 

Com abertura prevista para o início de abril, ainda a tempo do fim de semana da Páscoa, os preços da Casa da Marucas rondam os 170€ por noite, com pequeno-almoço incluído.

De seguida, carregue na galeria para ficar a conhecer melhor este novo turismo rural no Douro.

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FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    Rua do Fragão 367, Alvações do Tanha, 5050-365 Peso da Régua,
    5050-365  Peso da Régua
ESTILO
turismo rural
PREÇO MÉDIO
Entre 100€ e 200€
AMBIENTE
rural

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