Diz que é açoriana, apesar de não ter nascido nos Açores. Alexandra Pauthier sempre teve uma paixão enorme pelas ilhas do arquipélago — e isso acontece sobretudo por causa do seu trabalho. Quando estava a fazer especialidade na área de nefrologia — que estuda o sistema urinário —, fez parte da equipa do hospital da Horta, no Faial, e desde então que regressa à cidade com regularidade.
“Cheguei a equacionar mudar-me para lá, mas a logística não é assim tão fácil, sendo mãe de seis filhos”, conta à NiT a médica de 57 anos, que trabalha entre Lisboa e os Açores.
Nunca se mudou definitivamente para a ilha, mas isso não a impediu de começar a olhar para algumas propriedades com potencial para serem a sua casa temporária, pelo menos nos dias em que estava no Faial. Nos restantes, podia sempre abrir as portas ao público, para capitalizar o investimento.
Depois de analisar dezenas de possibilidades, a escolha acabou por recair num terreno com uma ruína que decidiu recuperar. “Queria construir algo que não existisse, que não houvesse igual e que fosse incrível. Quando falei com o arquiteto, disse que tínhamos de criar algo que fosse prémio de arquitetura”, revela Alexandra.
A ruína foi comprada há cerca de cinco anos e desde então que tem vindo a ser transformada num empreendimento turístico que vai ao encontro “daquilo que a região precisa”. Assim que viu o local pela primeira vez, apaixonou-se de imediato pela vista para o oceano e para o Pico.
“Já andava à procura há mais de dez anos. Lembro-me do dia em que vi o terreno pela primeira vez, estava com a minha tia e foi ela quem me disse que era mesmo isto que queira”, confessa.
Quanto à ruína, aproveitou a estrutura base de pedra e madeira e daí fez nascer a Almoxarife Beach House, que ficou finalmente concluída no mês de setembro. “A alma da casa é o meu amor pelo Faial e pelos Açores, que é tão grande que quis partilhar com outras pessoas”, afirma a proprietária.
Com cerca de 100 metros quadrados de área, o novo refúgio da ilha do Faial tem capacidade para receber, no máximo, seis hóspedes em simultâneo.
O alojamento dispõe de três quartos, um deles duplo e com acesso a um jardim interior. O outro, no piso superior, destaca-se pela banheira de hidromassagem que fica mesmo em frente aos janelões grandes com vista que se estende até à piscina, ao mar e à ilha do Pico. Ali não é preciso sair da cama para assistir ao “espetáculo único que é o nascer do sol”.
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Os hóspedes têm ainda acesso a uma sala com salamandra e kitchenette no interior, que tem aquecimento no solo e ar condicionado em todas as divisões, bem como produtos locais biológicos.
Quanto à decoração, a proprietária descreve-a como “a mistura perfeita de design sofisticado, comodidades modernas e beleza natural deslumbrante”. Com vibrações inspiradas no oceano, o alojamento é minimalista, com cores neutros e móveis de linhas limpas, criando uma “atmosfera calma e aconchegante”. Outro destaque é a luz natural que preenche os quartos.
Já no exterior, além da vista, vale a pena aproveitar a piscina com 2,20 metros de profundidade, rodeada por um jardim desenhado por um arquiteto paisagístico que privilegiou as plantas locais. Os detalhes em vermelho, madeira escura e tons de azul na beira da piscina também fazem “esta casa de praia destacar-se de todas as maneiras certas”.
Existe ainda um fire pit para juntar os amigos ao ar livre até mesmo nos dias mais frios. Situada numa falésia, existe um acesso direto a uma praia quase privada. “A casa fica na Praia de Almoxarife, onde normalmente as pessoas vão fazer snorkeling, e perto de falésias deslumbrantes”, explica Alexandra Pauthier à NiT.
Quanto aos preços, a estadia ronda os 350€ na época baixa e pode chegar aos 550€ por noite na época alta. O alojamento só aceita crianças a partir dos 10 anos por uma questão de segurança: em primeiro lugar, porque fica numa falésia, em segundo devido à profundidade da piscina.
As reservas para as estadias podem ser feitas online.
Carregue na galeria para conhecer melhor a Almoxarife Beach House.