O Hotel Quinta das Pratas, a única unidade hoteleira do Cartaxo, abriu portas em 2002 e, durante os primeiros anos, foi gerido pelo apresentador de televisão João Baião, em parceria com o advogado Cipriano Oliveira. Seis anos mais tarde acabaram por vendê-lo ao empresário Marcelino Gargalo, que se tornou dono do direito de superfície da Oliveira e Baião. O que não sabia, na altura, é que o negócio vinha cheio de dívidas e ausência de contabilidade, segundo o “Jornal de Negócios”.
A sociedade, constituída em 1991, deixou de contar com João Baião em 2001, ainda antes da entrada do hotel em funcionamento, e foi declarada falida em 2014. Desde então que o Estado, o maior credor da propriedade, tem cerca de 3,22 milhões de euros enterrados no hotel abandonado.
Com um prejuízo de milhões, o Estado quer desfazer-se do imóvel e colocou-o à venda pela segunda vez, mas parece que ninguém está interessado em investir na propriedade. O hotel esteve à venda em leilão em outubro por 2,14 milhões de euros, mas não atraiu propostas. Este mês, foi colocado novamente à venda por um valor mais baixo: 1,82 milhões de euros. No entanto, continua sem compra.
O alojamento, instalado num terreno de quatro mil metros quadrados, possui três pisos (dois deles com 15 quartos), receção, bar, restaurante, cave com quartos para o pessoal e manutenção e uma sala ampla, que chegou a ser cedida pela sociedade insolvente para usos como ginásio e discoteca.
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