Para Márcio Freitas e Daniela Cunha, o arquipélago dos Açores teve um lugar especial nos seus corações. O técnico de construção civil, nascido no Canadá, viveu praticamente toda a adolescência na ilha de Santa Maria, mas foi em São Miguel que o casal morou durante seis meses.
Casados há 15 anos, hoje fazem vida em Barcelos, mas continuam a visitar regularmente o pequeno paraíso natural pelo qual se apaixonaram. Quando começaram a pensar num projeto turístico inserido no meio da natureza, a ilha de São Miguel foi, desde logo, a primeira (e única) opção.
“Costumamos fazer renovação de apartamentos que arrendamos para turismo, mas queríamos um projeto mais diferenciado”, começa por contar à NiT Márcio Freitas, de 38 anos. Tanto o construtor civil como a criadora de conteúdos de 34 anos tinham uma “ligação forte” a esta terra no meio do Atlântico e foi por lá que começaram à procura de um terreno.
Um dos requisitos principais era uma vista desafogada para o mar. “Apesar de estarmos numa ilha, não era assim tão fácil devido a todas as burocracias que existem. Mas, depois de dois anos de procura, conseguimos encontrá-lo”, confessa.
Em junho do ano passado, deram o primeiro passo para fazer a nascer a Villa Dhälm, o novo refúgio dos Açores cuja construção deverá arrancar em maio. Rodeado por paisagens deslumbrantes, com uma vista para o mar de 180 graus e um “pôr do sol mágico”, a vila turística terá um design exclusivo assinado pelo estúdio de arquitetura Enark.
“Vai ser tudo construído de raiz, mas temos uma preocupação máxima com a sustentabilidade. Vamos utilizar materiais como criptoméria, uma madeira açoriana, e vamos ter casas com duplo vidro para minimizar o impacto ambiental”, avança o proprietário. No total serão construídos seis apartamentos — cinco T1 e um T2 —, feitos em aço leve e com revestimento exterior em madeira.
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Cada unidade de alojamento terá um mezzanine com “uma vista deslumbrante” e uma banheira com um aspeto diferente do habitual. “Vai ser uma imitação de um vulcão e vamos tentar recriar as luzes interiores como se fossem lava”, explica.
Os apartamentos, que se destacam na paisagem sem criar ruído visual, não são os únicos pontos fortes do empreendimento. Entre os planos está a construção de uma escultura gigante de um ananás — uma das frutas mais típicas dos Açores — que esconderá no seu interior um jacuzzi.
Outra das casas albergará a receção, um ginásio e uma zona de bem-estar com sauna e banho turco. Mais do que uma estadia, o objetivo é “oferecer uma experiência autêntica” para que os hóspedes possam sentir “a energia única da ilha”.
Quanto ao nome do projeto, o casal optou por incluir as primeiras letras do nome de cada um — D de Daniela e M de Márcio —, com a palavra alma no meio. Se tudo correr como previsto, a Villa Dhälm deverá abrir portas em 2026, com preços que rondarão os 250€ por noite.
Carregue na galeria para ver as primeiras imagens do projeto.
