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O novo hotel de Santa Apolónia é uma homenagem ao passado ferroviário do País

O The Editory Riverside Santa Apolónia é um verdadeiro luxo, e um dos quartos é único. Após anos à espera, finalmente abriu.
O investimento foi de 12 milhões de euros.

O mais recente hotel de cinco estrelas da capital abre esta segunda-feira, 7 de fevereiro. O The Editory Riverside Santa Apolónia Hotel, localizado na icónica estação lisboeta, é uma verdadeira homenagem ao rico passado ferroviário de Portugal, espírito reunido numa unidade que cruza a tradição com a modernidade.

O projeto começou a ser desenvolvido em 2017, e, para o grupo The Editory Collection Hotels, que já tem alojamentos no Porto, Tróia e Lagos, a estação de Santa Apolónia era o espaço perfeito para se estrearem na capital. “Procurávamos intensamente uma oportunidade em Lisboa que acabou por coincidir com esta decisão estratégica de alagarmos os sítios onde estávamos representados”, explica-nos Pedro Serra, o diretor de operações do Riverside. Neste caso, juntou-se o útil ao agradável.

O projeto visou a reabilitação de uma parte do edifício da estação que atualmente não se encontrava em utilização e que não é essencial para a prestação do serviço de transporte ferroviário.

O legado histórico daquele ponto da cidade é também a estrela do novo hotel, cujo investimento ronda os 12 milhões de euros. Logo na receção é recebido por uma decoração inspirada no passado ferroviário de Portugal. No lobby, é o ambiente de estação que predomina, entre malas de viagem que marcam a temática do hotel. “Estando nós numa estação tão emblemática e icónica quanto a de Santa Apolónia, não faria sentido inspirar-nos noutra coisa que não a história ferroviária”, acrescenta. O principal objetivo sempre foi respeitar a essência da funcionalidade do edificado original.

O espírito de viagem da receção transborda para o resto do Riverside. Os corredores são alcatifados com enormes tapetes azuis, a cor que define a paleta daqueles “caminhos”, assim como a dos quartos nos três pisos diferentes. Nestes últimos, aquele tom é complementado pelo azul do rio, visto que alguns dos quartos têm vista para o Tejo ali em frente.

Além disso, contam com uma decoração “sóbria, elementos decorativos contemporâneos e vintage, fotografias diferentes em cada um — capturadas pelo fotógrafo catalão Jordi Llorella, que passou por estações de caminho-de-ferro e apeadeiros para captar a memória e as histórias das construções ferroviárias — e várias referências às carruagens”, adianta Sónia Fragoso, a diretora. Os armários, por exemplo, são mais abertos e com detalhes em metal, remontando para as estruturas dos comboios.

Existem 11 tipologias diferentes, e, além dos quartos com vista rio, existem outros com varanda e suites, sendo uma delas bastante especial: na Júnior Suite Rosácea encontramos vitrais e clarabóias originais. Uma delas tem vista para o coração da estação.

Muito do seu tempo, no entanto, será passado na área do restaurante aberto ao público geral, onde também encontra uma zona de estar. A carta do chef André Silva assume-se como um ode à autenticidade nacional, com vários produtos sazonais vindos diretamente de diversas zonas do País. O restaurante dispõe de uma cozinha aberta, numa clara referência às bilheteiras com janelas. Pode também passar pelo bar daquele espaço para momentos de convívio com amigos e familiares.

A Sala Nobre — uma divisão histórica do imóvel cujo teto de estuque foi recuperado com o traçado original do século XIX — será outro dos grandes destaques da unidade hoteleira: poderá acolher reuniões com até 30 pessoas e eventos especiais.

Também é possível encontrar, dentro do Riverside, uma sala de fitness aberta durante 24 horas, perfeita para aqueles que, mesmo de férias, querem manter a sua rotina de exercício diária. 

As reservas podem ser feitas no site, com algumas datas já esgotadas. Uma noite no novo hotel de luxo de Santa Apolónia, e de Lisboa, custa desde 139,50€.

Carregue na galeria para descobrir os vários recantos daquele ode ao passado ferroviário de Portugal.

 

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