Cristina Guimarães descreve a transição para os 50 anos como um período de “coragem e viragem” na sua vida. Com mais de duas décadas de experiência em gestão corporativa e outra tanta na função pública, concluiu que tinha chegado o momento de “sair da zona de conforto” e “abraçar um novo desafio”. Licenciada em gestão empresarial e com uma pós-graduação em gestão internacional, decidiu regressar aos estudos.
“Com a idade surgiu a vontade de me desafiar novamente, de atualizar os meus conhecimentos. A hospitalidade sempre fez parte da minha vida, seja como formadora ou organizadora de eventos, e isso conduziu-me a esta nova etapa em que quis reinventar-me como estudante”, partilha a portuguesa de 52 anos, que atualmente reside no Médio Oriente, em entrevista à NiT.
Há cerca de três anos, Cristina matriculou-se na Swiss Hotel Management School, estando agora a concluir o mestrado em gestão hoteleira. Em paralelo, decidiu aventurar-se num negócio familiar com o marido, Hélder Martins, e abriram um alojamento numa região do País que lhe é particularmente querida: Terras de Bouro.
“Tenho raízes no Norte e sempre senti uma ligação emocional a esta zona, que faz parte do magnífico Parque Nacional da Peneda-Gerês”, destaca. Apesar do ambiente rural, afirma que a localização é relativamente próxima de cidades importantes como Braga e Porto, tornando-se assim o local ideal para quem procura “fugas de curta duração”.
A sua atração pelo setor da hospitalidade e a paixão pelo território foram fatores determinantes para apostar num projeto turístico. “É a nostalgia das minhas vivências nesta maravilhosa região de Portugal que me motiva a partilhar as minhas memórias agradáveis e gratificantes com os outros”, esclarece. O intuito sempre foi criar “uma casa longe de casa”, num cenário “onde o tempo parece parar”.
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Com um conhecimento profundo da região, decidiu procurar uma propriedade em Valdosende, no município de Terras de Bouro, uma “zona abençoada com paisagens naturais espetaculares” e próxima da albufeira da Caniçada. Acabou por encontrar um terreno com uma pequena ruína que, mais tarde, se transformaria no Assento do Cávado.
O projeto arrancou em 2021, com a aquisição do terreno, e seguiu-se um longo processo de meses de trabalho, desde a conceção até à construção. O objetivo, revela Cristina, sempre foi “conservar a traça rústica característica da região”, aliando-a às comodidades contemporâneas. Após cerca de dois anos, o projeto foi concluído e o alojamento abriu ao público no verão de 2022.
Inserida numa propriedade com cerca de três mil metros quadrados, a casa Assento do Cávado pode acomodar até sete pessoas. O alojamento dispõe de três quartos espaçosos, cada um com casa de banho privativa, e é disponibilizado em regime de exclusividade total.
Quanto à decoração, a intenção foi conciliar o estilo rústico com um ambiente moderno e intimista, utilizando cores claras que evocam tranquilidade e paz. A vasta área exterior inclui um vasto jardim, churrasqueira, e piscina rodeada de espreguiçadeiras e guarda-sóis.
“Como o nome sugere, a casa possui uma arquitetura típica da região e convida ao descanso e à contemplação. É o lugar ideal para escapar ao tumulto do dia a dia, um refúgio reparador no interior de Portugal, repleto de saúde, beleza e intensidade nos seus costumes”, sublinha Cristina. Além disso, na propriedade, ainda existe um antigo alambique que, no passado, era utilizado para a produção de aguardente, embora o casal ainda não tenha tido a oportunidade de o restaurar.
Quanto aos preços da estadia, os valores rondam os 220€ e os 360€ por noite, dependendo da sazonalidade. As reservas podem ser feitas online.
Carregue na galeria para conhecer melhor o Assento do Cávado.