Situada no litoral alentejano, a Comporta deslumbra pela sua beleza natural e autenticidade. As praias com areais extensos, as vastas dunas, os extensos campos de arroz oferecem um cenário de uma serenidade ímpar que conquista tanto portugueses, como estrangeiros.
Nos últimos anos, tornou-se numa espécie de refúgio para a elite internacional. Christian Louboutin e George Clooney, por exemplo, não resistiram aos encantos da aldeia de pescadores e de agricultores e acabaram mesmo por comprar casas na região — mas não foram os únicos.
Quando o casal Charline e Antoine Gurwitch, visitaram a Comporta pela primeira vez, há cerca de 10 anos, ficaram completamente rendidos. Na altura, os franceses de 40 e 41 anos, ainda viviam em França, mas queriam dar a conhecer a região pela qual se tinham apaixonado.
“Gostaram tanto que começaram a repetir a estadia praticamente todos os anos”, revela à NiT Inês Romão, que faz a gestão do projeto de turismo Alma da Comporta. Juntos, mergulharam na sua história, cultura e arte de viver e decidiram criar um blogue para partilhar tudo sobre a aldeia piscatória.
Depois, começaram a sonhar mais alto: queriam construir ali a casa de férias perfeita, sempre respeitando o espírito do lugar. Assim nasceu, em 2017, a Alma da Comporta, que agora acolhe um conjunto de casas e cabanas aninhadas no coração da natureza.
Tudo começou com o Campo de Arroz, a “típica casa de praia” que foi considerada, em janeiro, um alojamento perfeito para se desconectar e abrandar o ritmo de vida, pelo Airbnb. Volvidos sete anos sobre a inauguração, continua a ser destino de eleição para quem procura escapar à rotina do dia a dia.
Situado em frente aos incríveis arrozais da Comporta, este “pedaço de paraíso” perto da praia do Carvalhal foi construído de raiz em 2017, num terreno elevado, onde existiam apenas dunas — e até isso aproveitaram. Todo o chão da parte exterior do alojamento é de areia, precisamente “para dar a sensação de praia”.
Ali foi tudo “pensado ao pormenor, combinando a identidade local com luxo e sustentabilidade”. A casa segue os códigos das famosas cabanas de pesca da região, com materiais em madeira, telhados de colmo e palha e estacas, ao mesmo tempo que incorpora modernidade e um pouco mais de conforto.
O edifício principal é composta por três quartos (um deles triplos), mas existem ainda umas escadas que o levam a um deck, “uma espécie de cabine”, com mais um quarto. A Master Suite, a maior de todas, tem 20 metros quadrados.
No total, o espaço pode acomodar até 10 pessoas, que têm ainda uma cozinha e sala em open space para usufruir. No deck superior, encontra-se ainda uma zona de barbecue que possibilita refeições ao ar livre, com uma enorme mesa exterior.
Completamente aberto à natureza, os hóspedes podem contemplar os arrozais a partir de cada quarto. Há, até, uma zona própria onde as pessoas costumam fazer ioga, mesmo viradas para os campos de arroz.
Uma das particularidades é o incrível jardim de areia branca, assim como a piscina que dá a sensação de ser infinita e tem vista desobstruída. Para ficar hospedado neste “refúgio de sonho” na Comporta, os preços começam nos 350€ (época baixa) e podem chegar aos 1900€ na época alta. As reservas podem ser feitas online.
“Tudo foi feito por amor à região e, desde então, já construíram mais dois alojamentos. Cresceram de tal forma que agora vêm aí novos projetos”, adianta. Após a abertura da Flor de Arroz e Casas de Arroz, em 2020, o casal está já a trabalhar para juntar mais um alojamento ao portfólio.
Com abertura prevista para 2025, o novo projeto vai nascer na zona do Carvalhal e o objetivo é “receber ainda mais pessoas”. “Vai ser algo mais completo, com mais serviços, uma receção, um spa e pequenas casas, mas com uma arquitetura autêntica, respeitando a identidade local, pelo arquiteto Nuno Lopes e o Studio Andringa”, adianta Inês Romão.
Carregue na galeria para ver mais imagens do Campos de Arroz.
