Turismos Rurais e Hotéis

Pode dormir na casa onde Fernando Pessoa morou com a tia

O apartamento foi transformado por um casal de brasileiros que se apaixonou pela história do local e até tem roteiros inspirados na vida do poeta.

Fernando Pessoa viveu aqui quando voltou da África do Sul.

A casa de Fernando Pessoa entrou por acaso na vida de Maria Penido e Ricardo Braga. A viver em Lisboa desde 2011, o casal de brasileiros estava a trabalhar em áreas que nada tinham a ver com o turismo quando descobriram este imóvel à venda na Internet. Ele tinha (e ainda tem) uma agência de publicidade, ela trabalhava (e ainda trabalha) em relocation, ou seja, ajuda pessoas que estavam a mudar-se para Portugal. 

“Eu estava à procura de um imóvel para um cliente meu quando descobri na Internet um anúncio deste apartamento”, conta à NiT Maria Penido. Estávamos em outubro de 2016.

O imóvel não correspondia as necessidades do cliente, mas houve uma frase em particular que chamou a atenção da brasileira de 47 anos: entre 1905 e 1906, aquela casa no número 17 da Rua de São Bento tinha sido habitada por Fernando Pessoa.

“O anúncio era da venda de um imóvel de 120 metros quadrados, nada chamava a atenção para isso. No descritivo é que aparecia essa frase, e foi isso que nos conquistou.”

Já pode arrendar o apartamento onde Fernando Pessoa viveu quando regressou a Portugal com apenas 17 anos. Disponível para reservas através do site e da Airbnb, a casa fica no segundo andar de um prédio datado de 1857 e tem dois quartos, duas salas (de estar e de jantar), uma casa de banho e uma cozinha decorada com raros azulejos portugueses do final do século XIX. 

Pode dormir na casa onde Fernando Pessoa morou com a tia

Maria Penido e Ricardo Braga já tinham falado na possibilidade de fazer um investimento que os prendesse ainda mais a Portugal. Ricardo foi o primeiro a chegar por razões profissionais, para montar uma agência de publicidade, um ano e meio depois veio a mulher e os dois filhos, de 18 e 13 anos. Sem intenções de regressar, fazia sentido construir mais uma raiz por cá, mas que fosse diferente das áreas profissionais onde já trabalhavam.

Estava ali a oportunidade perfeita. O casal — que a 27 de julho deste ano completa 30 anos de relação, “juntando o namoro e o casamento” —, comprou o imóvel, mas teve de esperar que o inquilino que lá morava saísse no final do ano. Em janeiro de 2017, já com muitos planos em mente, receberam a chave do apartamento.

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