Paulo Guimarães, 40 anos, tinha um trabalho estável e bem remunerado numa agência de aluguer de automóveis, mas o desejo de trabalhar na área que o apaixona e na qual tem experiência, a hotelaria, levou-o a aceitar o desafio de assumir a direção do Vale do Rossim. Neste eco resort no Parque Natural da Serra da Estrela, há 12 anos se pratica um “turismo de excelência”, garante. Chega, contudo, com a vontade de o elevar a um outro nível, objetivo em direção ao qual já começou a dar os primeiros passos.
A ajudá-lo tem a experiência adquirida em mais de cinco anos a trabalhar em turismo — já foi diretor de uma pausada com 100 camas. Formado em jornalismo e com uma pós-graduação em marketing, que completou com uma série de cursos de gestão, liderança e recrutamento de pessoas, pensa ter o que é preciso para alcançar aquilo a que se propôs.
Antes de abraçar este desafio recebeu outras propostas, mas o potencial que viu no empreendimento, aliado ao facto de ter proprietários que “pensam no futuro e querem crescer ainda mais”, acabaram por facilitar a escolha. Contribuiu, igualmente, o facto de lhe ser dada liberdade para implementar as suas ideias e projetos. Uma delas já começou a sair do papel e a tornar-se realidade, trata-se de um circuito instagramável, com 12 a 15 atrações e cerca de dois quilómetros de extensão, que deve ficar pronto no verão, adianta.
O objetivo é que os clientes possam partir à descoberta da propriedade e da natureza, sem pressas, e com direito a pausas para apreciarem o que os rodeia. E, claro, experimentem as atividades que, além de divertidas, ficam bem na fotografia. O jogo do galo, damas e xadrez gigantes são algumas das diversões que encontrará pelo caminho, perfeitas para testar as suas habilidades com quem o acompanha. Uma réplica do icónico Volkswagen Carocha e um sofá bem diferente do habitual, capazes de dar uma nova vida ao mais aborrecido dos feeds de Instagram, serão outros dos destaques.
Este percurso, que pretende ser a estrela da companhia, está, contudo, longe de ser o único motivo para se instalar no Vale do Rossim, com 10 yurts (tendas tradicionais da Mangólia), todas com casa de banho privativa, coluna de hidromassagem e salamandra para o tempo frio, de modo a que nada lhe falte.
Têm também chalés, que oferecem uma cozinha equipada privativa, casa de banho e um terraço para desfrutar ora dos raios de sol, ora da neve a cair — não estivéssemos nós na Serra da Estrela. Um parque de campismo e tendas de glamping, estas últimas com uma casa de banho privada, lareira a lenha e, em alguns casos, uma banheira mesmo aos pés da cama, completam a oferta.
Mesmo ao lado, fica a praia fluvial do Vale do Rossim, onde não há areia, jardins relvados, espreguiçadeiras ou chapéus-de-sol, apenas terra batida, rochas e salgueiros — a falta de comodidades é compensada pelo ambiente selvagem, ideal para quem procura um refúgio na montanha. Canoagem, stand up paddle, passeios em gaivota, slide, escalada, trekking, BTT e passeios de mota estão entre as atividades ao alcance dos hóspedes.
Para carregar energia, tem o restaurante do espaço, onde pode provar pratos típicos da região. Bacalhau com queijo da serra (14€), tentáculos de polvo à lagareiro (14€) e tranche de salmão com legumes e batata-doce (12€) são alguns dos pratos de peixe que pode provar.
Caso prefira carne, a costeleta de novilho grelhada com molho de queijo da serra (16€), o javali com castanha (13€) e o bife da vazia grelhado (12€) são opções.
Para se instalar neste paraíso localizado no centro de Portugal, os preços variam entre os 70€ e os 180€. Pode reservar por email (reservas@nullvaledorossim.com) ou WhatsApp (+351 968 866 553). Por mais 3,5€, tem direito a pequeno-almoço tradicional com pão, bolo, café, leite, queijo, doce, iogurte e fiambre. Com mais 5€ servem-lhe o pequeno-almoço serrano, com produtos típicos da serra, do queijo aos enchidos.