Há cada vez mais viajantes independentes. A Booking, o CouchSurfing, o Airbnb ou o Skyscanner revolucionaram a forma como as pessoas saem do País: nunca foi tão fácil marcar uma viagem para qualquer parte do mundo sem pedir ajuda a ninguém.
Isto levantou um problema. Enquanto as agências de viagens tratam sempre da questão dos seguros, nem todos os viajantes independentes têm essa preocupação. E foi exatamente essa a pergunta que fizemos a Susana Ribeiro, autora do blogue Viaje Comigo. Será mesmo necessário fazer uma apólice?
“Vale a pena sempre ter um seguro”, diz à NiT. “As agências de viagens incluem-no quase sempre e os viajantes independentes também o devem fazer.” Há vários tipos de seguro: uns só cobrem as despesas médicas, outros vão mais longe e asseguram o viajante no caso de algum imprevisto, como o cancelamento da viagem, perda de ligações aéreas, atrasos ou perda de bagagem. “Até translado do corpo, no caso de acontecer o pior”.
Os seguros cobrem tudo, desde situações de emergência médica, evacuação médica por emergência, cancelamento da viagem, entre outras
E qual o melhor seguro? “Aconselho sempre a World Nomads”. Faz sentido: os seguros foram pensados precisamente para viajantes independentes e são aconselhados pela Lonely Planet, Footprint, Rough Guides, Hostel World e National Geographic. Cobrem tudo, desde situações de emergência médica, evacuação médica por emergência, cancelamento da viagem, roubo de equipamentos, perda ou roubo de bagagem e de passaporte, cancelamentos de voos…
“Este é bom porque se tivermos de aumentar as datas de viagem, podemos fazer isso tudo online.” E acrescenta: “Mas há quem prefira alguém que fale português e um número para onde ligar em caso de necessidade — aí aconselho as seguradoras portuguesas e das agências de viagens.”
E quanto custa um seguro de viagem? Fizemos o teste a pensar numa viagem para Itália por dois dias. Foram-nos indicados dois tipos de seguro: o Standard, que custa 9€, e o Explorer, que ficava a 11€. A diferença entre um e outro tem a ver sobretudo com o valor mais elevado dos plafons, embora o Standard não cubra algumas coisas, como tratamentos de acupunctura e osteopatia ou acidentes pessoais.
Conclusão: compensa fazer um seguro de viagem. Ele fica ao preço de um almoço e é uma segurança para quem vai viajar. Caso seja hospitalizado, a World Nomads providencia até dois mil euros em hospitalizações, até 350€ no dentista ou um valor máximo de 2.500€ no caso de perda, roubo ou avaria/estragos da sua bagagem, roupa, jóias e equipamentos eletrónicos.
Susana Ribeiro nunca teve de acionar um seguro de viagem. Mas já assistiu a casos em que isso foi necessário — num inocente jogo de futebol que terminou mal. “Uma vez, na costa de Marrocos, vi um senhor a partir uma perna a jogar futebol na praia. A família teve de vir embora e ele ficou lá para ser operado. Acionaram o seguro para o levarem de volta a Portugal e correu tudo bem.” Se não estivessem cobertos, a situação teria sido bem mais complicada. “O seguro está lá para o que pode correr mal e pensamos sempre que não vai ser connosco mas… é sempre bom ter essa ‘rede’ de segurança.”