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Aldeia com 44 casas a 60 quilómetros de Bragança está de novo à venda. Preço duplicou

Após ter sido comprada por um empresário no final do ano passado, Salto de Castro foi colocado novamente no mercado.
Está novamente á venda.

Assim que se soube que a localidade de Salto de Castro estava à venda, em novembro de 2022, todos começaram a sonhar com a ideia de comprar uma aldeia inteira longe da confusão e do stress das grandes cidades. Só foram precisas duas semanas para que a aldeia vazia situada em Zamora, em Espanha, junto à fronteira com Portugal, fosse comprada por Óscar Torres. 

O empresário de Toledo pagou 300 mil euros, 15 por cento acima do valor inicialmente pedido, e tinha em vista um projeto de turismo rural. O negócio, contudo, parece que não deu certo. Após começar a desenvolver o projeto arquitetónico de reabilitação e ter conseguido ultrapassar questões burocráticas que existiam desde 2007, Torres foi forçado a abandonar o negócio “por problemas de saúde”, revela o jornal “El Espanol”.

Agora, Salto de Castro está novamente à venda — e pelo dobro do preço. Quem quiser comprar esta aldeia a 60 quilómetros de Bragança, terá de desembolsar, no mínimo, 580 mil euros, refere o portal “Idealista”. Um grupo árabe e outro americano já demonstraram interesse em ficar com aquele pedaço de terra, que ficou conhecido por ser uma espécie de deserto, dada a baixa densidade populacional.

“Por enquanto, recebemos ofertas da Arábia Saudita e dos Estados Unidos (especificamente de um grupo em Miami)”, explica Romuald Rodríguez, da Royad Invest, empresa que representa o proprietário. O consultor admite ainda que chegaram a receber propostas de até 600 mil euros, daí a subida do preço.

Salto Castro, construída nos anos 40, serviu de casa às famílias dos trabalhadores que ajudaram a construir a barragem de Castro, mas acabou por ser abandonada em 1989. A Iberdrola, empresa responsável pela construção, haveria de transferir os funcionários, o que levou à desertificação da localidade.

A aldeia pertencia a um grupo de empresários, que no início dos anos 2000 a comprou à Iberdrola. O objetivo era transformar a localidade numa zona dedicada ao turismo, mas, com a crise de 2008, os planos não chegaram a sair do papel. Agora, numa altura em que muitos destes investidores já se reformaram, o grupo pretende recuperar o investimento realizado há mais de uma década. Ou, pelo menos, parte dele.

Os elevados custos de manutenção levaram a que fosse mesmo necessário vender o aldeamento. Assim que o anúncio se tornou público, tanto da primeira como desta segunda vez, o interesse por Salto de Castro disparou. A aldeia já recebeu milhares de visitas e foi notícia em vários países.-

Além das 44 casas, Salto de Castro tem um bar, uma igreja e uma escola com várias salas de aula. Existe ainda uma pousada com 14 quartos, refeitório e lavandaria, um reservatório de água, piscina e zonas desportivas.

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