Em outubro, exatamente um ano após o primeiro de dois acidentes fatais com aparelhos Boeing 737 Max, chegou o pedido de desculpas e o fabricante assumiu os erros. Num comunicado divulgado esta segunda-feira, 16 de dezembro, chega decisão de suspender a produção destes aviões.
“Como resultado desta avaliação em curso, decidimos dar prioridade à entrega dos aviões armazenados e suspender temporariamente a produção do programa 737 a partir do próximo mês”, disse o fabricante de aeronaves norte-americano no documento ao qual a agência Lusa teve acesso, citada pelo site “Sapo 24”.
Lembre-se de que no dia 10 de março deste ano, um acidente com um aparelho deste modelo da Ethiopian Airlines que fazia a ligação entre Addis Ababa, na Etiópia, e Nairobi, no Quénia, despenhou-se no solo após seis minutos no ar, não deixando sobreviventes. Levava 157 pessoas a bordo, de dezenas de nacionalidades e em vários casos com passaporte das Nações Unidas. Tinha sido recebido pela companhia, novo em folha, em novembro de 2018.
Cinco meses antes, em outubro de 2018, num voo do mesmo modelo mas feito pela companhia indonésia Lion Air, 189 pessoas morreram, também numa queda após cerca de 13 minutos no ar.
“Sabemos que cometemos erros e que estávamos errados. Somos culpados disso”, afirmou na altura Dennis Muilenburg, presidente executivo da Boeing.
O Boeing 737 MAX 8 era a versão mais recente do avião de maior sucesso de todos os tempos, o Boeing 737. O novo modelo estava a ser um fenómeno de vendas em dezenas de companhias mundiais. Quando aconteceu a segunda queda tinham sido encomendados mais de cinco mil aparelhos e entregues mais de 300. Esta aeronave causou a morte de 346 pessoas.