A notícia de um surto de Covid-19 num acampamento no lado nepalês do monte Evereste fez soar os alarmes na China que temem a propagação de infeções com origem no estrangeiro. Numa altura em que vai começar a temporada de escaladas da primavera, o governo chinês anunciou que irá fazer uma espécie de fronteira no cume para evitar o contacto entre alpinistas que cheguem do lado do Nepal.
Segundo a “Reuters”, é chamada de linha de separação. Apesar das notícias deste surto, detetado no início de maio, o governo nepalês não cancelou as escaladas programadas que normalmente acontecem por esta altura, antes das chuvas das monções no verão. As receitas vindas do turismo são um dos principais motivos.
Apesar do anúncio pelas autoridades chinesas, são foi totalmente percetível como será aplicada esta linha no cume da montanha. Neste momento há um grupo de 21 cidadãos chineses que irá fazer o percurso e o objetivo é que não tenham qualquer contacto com alpinistas que venham do país vizinho.
Segundo a revista norte-americana “NPR“, os relatos dos surtos foram conhecidos no início de maio a 5.364 metros, onde centenas de alpinistas se reúnem normalmente nesta altura do ano para se ajustar à altitude enquanto se preparam para subir os 8.849 metros da montanha.
Oficiais do acampamento disseram ter recebido relatos de 17 casos confirmados em hospitais na capital, Katmandu, para onde vários alpinistas foram enviados do acampamento base e de acampamentos situados mais acima, para serem tratados.