Depois da manifestação contra o turismo excessivo em Barcelona, onde dezenas de espanhóis atingiram com pistolas de água vários turistas em esplanadas, há outras cidades espanholas que já se começaram a manifestar. Uma delas é Calpe, na costa mediterrânica de Espanha, que está farta de ver as suas praias a serem invadidas com toalhas e espreguiçadeiras logo de manhã.
A autarquia anunciou recentemente novas medidas que os banhistas devem cumprir. Tanto os turistas como os habitantes locais estão proibidos de colocar cadeiras, redes e chapéus de sol na areia antes das nove da manhã. Aqueles que não respeitaram a regra podem ser penalizados com uma multa de 250€, além de arriscarem ficar sem os seus pertences.
Os objetos que forem deixados sem ninguém por mais de três horas durante o dia podem ser removidos. A autarquia adianta que tem vindo a receber queixas ao longo dos últimos anos sobre as pessoas que reservam o seu espaço na praia.
“Esta medida proíbe a ocupação indiscriminada do domínio público, nomeadamente da praia, com objetivos como cadeiras, redes e chapéus de sol no início do dia”, disse.
A Câmara Municipal de Calpe afirma que a lei municipal se destina a facilitar a limpeza matinal das praias da popular estância de férias, situada a 25 minutos de carro de Benidorm. Este destino de férias também tem sofrido com a questão dos banhistas que querem reservar a praia para eles.
A resistência contra os turistas em Espanha tem crescido muito nos últimos meses. O governo de Barcelona, por exemplo, já anunciou que vai proibir o arrendamento de apartamentos para turísticas até 2028 para tentar controlar a subida dos preços da habitação, tornando a cidade mais acessível aos seus habitantes.