A Gran Canária, a terceira maior ilha do arquipélago das Canárias, é um dos destinos favoritos dos turistas no verão. No entanto, tem vindo a sofrer com o excesso de turismo, especialmente com comportamentos inadequados por parte de alguns visitantes, que causam constrangimentos aos moradores e danos ao meio ambiente.
Em resposta ao turismo massificado, o destino definiu agora uma série de regras, segundo o jornal “Canarian Weekly”, para reduzir o impacto negativo que as atitudes e os hábitos dos visitantes têm na vida local.
Nas praias, passam a ser proibidos, por exemplo, o consumo de cigarros eletrónicos ou ouvir música alta. A lista inclui também ações como cozinhar, fazer churrascos, bloquear o acesso a caminhos, recolher conchas e rochas ou praticar atos sexuais em público.
As novas regras aplicam-se à costeira de Agaete, na Gran Canária. Abrange passeios marítimos, praias e outras áreas no litoral. Quem não respeitar as condutas impostas, pode ser penalizado com coimas que variam entre os 29€ e os 735€, no caso das infrações mais leves. As mais graves poderão chegar aos 1.470€, sendo que o valor máximo que poderá pagar é de 3 mil euros, segundo o jornal britânico “Express“.
O objetivo destas medidas passa por melhorar a relação entre os residentes e os visitantes, que são cada vez mais, e preservar o rico ecossistema da ilha. Em 2024, Espanha foi visitada por quase 100 milhões de turistas, sendo que as Canárias têm recebido acima de 10 milhões de pessoas por ano, revelam os dados da câmara de comércio local.
Nos últimos anos, o arquipélago tem sido alvo de várias manifestações contra o turismo de massas. No ano passado, por exemplo, uma série de ativistas em Tenerife, a maior das ilhas Canárias espanholas, iniciaram uma greve de fome. Em causa estava o pedido de suspensão da construção de um hotel e de um resort balnear no sul da ilha.