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Mudança de planos: Coreia do Norte volta a fechar fronteiras a estrangeiros

Após cinco anos, o país voltou a receber ocidentais em fevereiro. Todas as visitas marcadas foram canceladas.
Afinal não.

Após cinco anos de portas fechadas, a Coreia do Norte permitiu, em fevereiro, que alguns turistas ocidentais entrassem no País, mais precisamente na cidade remota de Rason, no leste. Porém, só foram precisas algumas semanas para que o governo norte-coreano recuasse na decisão de receber estrangeiros. 

“Acabámos de receber notícias dos nossos parceiros coreanos de que Rason está fechada para todos”, indicou a companhia chinesa KTG Tours, citada pela BBC. Várias agências turísticas avançaram que as visitas marcadas foram canceladas até novo aviso.

Segundo os guias turísticos, as visitas que decorreram em fevereiro foram “mais controladas” do que as que aconteciam pré-pandemia. As oportunidades para passear pelas ruas ou conversar com residentes locais eram mais escassas e não havia sinal de telemóvel ou acesso à Internet.

O país proibiu o acesso ao território durante quase cinco anos devido à pandemia da Covid-19, quando o líder norte-coreano Kim Jong-un decretou o encerramento das fronteiras. Na altura, cancelou os voos e transportes regulares com cidades chinesas e russas, impedindo também o regresso dos próprios cidadãos durante todo este tempo.

Os sinais de uma reabertura começaram a surgir no segundo semestre de 2023, com a retoma dos voos que permitiu a entrada dos norte-coreanos que ficaram retidos no estrangeiro. Em fevereiro do ano passado, cerca de 100 turistas russos tiveram os vistos aprovados e puderam visitar Pyongyang, uma viagem de esqui controlada em pormenor.

Kim Jong-un já tinha revelado que, nos últimos quatro anos, tem estado a trabalhar num projeto de renovação para transformar Samjiyon numa “cidade cultural de montanha e num modelo de uma cidade regional”, segundo a agência estatal KCNA. O líder adiantou que o destino vai tornar-se “num complexo turístico de montanha de quatro estações para satisfazer as necessidades culturais e emocionais da população ao mais alto nível e revitalizar o turismo internacional”.

Antes da pandemia, o turismo internacional no país era limitado: cerca de cinco mil ocidentais visitavam o país anualmente, segundo os dados divulgados pelos operadores turísticos. Em 2019, foram contados 350 mil visitantes estrangeiros.

Até ao momento, a razão para os cancelamentos não foram justificados.

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