Quando o austríaco Josef Amort decidiu construir uma cabana de madeira a 1.630 metros de altitude, em Dolomitas de Lienz, jamais imaginou que o alojamento se tornaria uma das principais atrações da cidade austríaca. Já lá vão quase 90 anos, mas nunca o seu projeto de vida foi tão famoso. Atualmente, para pernoitar na Dolomitenhütte, é preciso fazer a reserva com dois anos de antecedência.
Na verdade, ainda antes de construir a famosa cabana, em 1936, Josef Amort já tinha deixado a sua marca na região ao inaugurar a pousada Laserz, hoje um hotel bastante turístico. Ao mesmo tempo, o homem, conhecido por ser “simpático e teimoso” e por “amar montanhas”, também geria o alojamento Karlsbader Hütte, localizado a 2.260 metros de altitude.
Sempre que subia até lá, tinha o hábito de descansar num local com uma vista incrível, de onde se avistava a montanha mais famosa do local, a Spitzkofel. Foi durante esses momentos de contemplação que se apercebeu que faltava algo lá: uma cabana. Então, decidiu construí-la.
Com a madeira que conseguiu obter das árvores típicas dos Alpes de Gail, criou aquele que se tornaria num dos alojamentos mais procurados de sempre — e com “a melhor vista do mundo”, como é tantas vezes descrito.
Na época não existia uma estrada diretamente para o local, para chegar lá só mesmo com uma caminhada pela montanha. Hoje o acesso já não é tão difícil e a isso se deve à construção de uma estrada que facilita a passagem de veículos. Esta inovação chegou no final do século XX, quando Hans Wibmer passou a assumir o Dolomitenhütte. “Administrou-o de corpo e alma por 18 anos”, lê-se no site.
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Em 2007, a família Oles tornou-se proprietária do alojamento, que foi completamente reformado. Sob o terraço foram construídos quartos panorâmicos, com vidros até ao chão e vistas incríveis das majestosas Dolomitas de Lienz.
Com o lema “menos é mais”, as seis unidades de alojamento apresentam uma decoração simples e contam apenas com as camas — a casa de banho é partilhada —, mas é precisamente essa simplicidade que torna o local tão especial. Os quartos parecem estar presos apenas em cima da rocha e as janelas têm vista para um precipício de 50 metros de profundidade.
Depois, há outras áreas comuns, como o lounge com lareira e os terraços ao ar livre. À noite, os hóspedes reúnem-se à volta da fogueira. Outro destaque é o restaurante, que serve iguarias locais e está aberto tanto para hóspedes como para visitantes.
A região ao redor é conhecida pela sua beleza natural e os hóspedes podem passar os dias a explorar a zona através dos trilhos florestais. O alojamento oferece atividades ao ar livre como caminhadas, escalada e passeios de bicicleta.
Quanto aos preços da estadia, os valores rondam os 80€ por noite, por pessoa, segundo as informações do site.
Como lá chegar
Para chegar ao alojamento, só mesmo de carro. A cidade mais perto é a de Lienz, que fica a cerca de 100 quilómetros de distância do aeroporto de Salzburg. Se partir de Lisboa, encontra bilhetes de ida e volta desde 268€. Caso apanhe o avião no Porto ou em Faro, há voos a partir de 240€ e 281€, respetivamente.
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