Os tripulantes europeus da Ryanair estão a preparar uma greve que poderá começar já em junho e que afetará Portugal, Espanha, França e Bélgica. Os trabalhadores pedem melhores condições laborais e aumentos salariais. Caso a empresa irlandesa não dê resposta às suas solicitações até ao próximo mês, garantem que podemos esperar um verão com centenas de voos cancelados por todo o continente.
“Os sindicatos que representam as tripulações de cabine da Ryanair não vão hesitar em avançar com uma ação europeia este verão e avançar com greves caso não haja uma resposta por parte da empresa”, lê-se na missiva entregue à companhia aérea, citada pelo “Dinheiro Vivo”. “A Ryanair insiste que a legislação europeia pode ser negociada. Os direitos básicos não podem ser negociados”, adianta a nota.
Esta não é a primeira vez que os trabalhadores da empresa organizam greves para o verão. O mesmo aconteceu em 2018, e, tal como o que poderá acontecer este ano, centenas de voos foram cancelados, o que afetou milhares de viajantes. “Quatro anos após a primeira ação, pouco melhorou e muitos dos problemas que existiam em 2018 continuam sem resolução”, recordam os trabalhadores.
A Ryanair, contudo, não é a única companhia aérea que poderá avançar com uma greve. Também os trabalhadores da easyJet mostram estar descontentes com as condições atuais de trabalho, e, tal como a empresa irlandesa, pediram uma resposta até junho. Queixam-se do desgaste mental e físico da equipa devido à falta de tripulantes, alterações de escalas e erros nos pagamentos.