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Cientistas isolados na Antártida e ameaçados de morte por colega vivem filme de terror na vida real

Um dos membros diz temer pela segurança: "pergunto-me se poderei ser a próxima vítima", lê-se num email enviado a um jornal sul-africano.

Há uma equipa de investigadores a preocupar o mundo, num caso que poderia servir de inspiração para um filme de terror — ao melhor estilo Stephen King. Os cientistas, que vivem numa base isolada na Antártida, pediram ajuda depois de um colega ter começado a revelar comportamentos agressivos. 

Um dos membros do grupo enviou um email, em fevereiro, como sinal de alarme ao jornal “Sunday Times” da África do Sul, sobre o comportamento “profundamente perturbador” de um dos colegas, acusando-o de agressão física, bem como de ameaçar matar outros. 

“O seu comportamento tornou-se cada vez mais erróneo e tenho sentido uma grande dificuldade em sentir-me seguro na sua presença”, lia-se, segundo a publicação. “É imperativo que se tomem medidas imediatas para garantir a minha segurança e a segurança de todos os funcionários.”

“Lamentavelmente, este comportamento agravou-se a um ponto profundamente perturbador. Ele agrediu fisicamente alguém, o que constitui uma grave violação da segurança pessoal e das normas do local de trabalho”, continuava a mensagem.

“Além disso, ameaçou matar outra pessoa, criando um ambiente de medo e intimidação. Continuo profundamente preocupado com a minha própria segurança, perguntando-me constantemente se poderei ser a próxima vítima.” A pessoa que enviou a mensagem e o alegado agressor não foram identificados publicamente.

A equipa, composta por dez pessoas, foi enviada para a base Sanae IV na Antártida, localizada em Vesleskarvet, com o propósito de estudar o clima. Estão totalmente isolados do mundo exterior e, a agravar a situação, as condições extremas de meteorologia (com temperaturas negativas muito baixas e fortes nevões) não permitem que seja realizada uma assistência rápida. 

A viagem a partir da Cidade do Cabo até à base onde estão pode demorar entre 10 a 15 dias, dependendo, claro, da quantidade de gelo encontrada ao longo do percurso. O Departamento de Silvicultura, Pescas e Ambiente adiantou que já está a ser feita uma investigação. Espera-se que o governo sul-africano anuncie medidas para garantir a segurança dos membros da equipa.

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