Quando ocorrem atrasos ou cancelamentos, a companhia aérea reembolsa, por norma, os passageiros lesados. Mas o contrário também pode acontecer. Um passageiro australiano de 32 anos foi multado por ter perturbado um voo que foi assim forçado a regressar.
O mais surpreendente é que a coima aplicada foi calculada com base no combustível gasto pela companhia. O caso remonta a 25 de setembro de 2023, mas a decisão inédita só agora foi revelada.
O passageiro embarcou numa viagem entre Perth a Sydney. Durante o voo, o homem provocou desacatos e o piloto viu-se obrigado regressar ao ponto de partida, gastando mais combustível.
O caso foi parar à justiça e a medida de coação foi anunciada a 10 de setembro de 2024. O passageiro foi condenado a pagar 5.228€ à companhia aérea para cobrir o custo do combustível desperdiçado. Mas não se ficou por aqui.
O Tribunal de Perth decidiu ainda multá-lo em mais 5.400€ pelo sucedido. Ao todo, o comportamento incorreto valeu-lhe uma coima de 10.600€.
Segundo a polícia federal australiana (AFP), que divulgou o caso, o australiano de 32 anos deu-se como culpado das acusações de comportamento desordeiro num avião e de incumprimento de instruções de segurança. Porém, nem o nome do passageiro, nem o da companhia aérea foram revelados. Assim como não foram especificados que tipo de comportamentos teve o australiano que levou a este desfecho.
“Este incidente deve servir de aviso de que o comportamento criminoso a bordo pode ter um custo elevado para o infrator”, afirmou Shona Davis, superintendente em exercício da AFP, citado pela “CNN Portugal”. “É muito mais simples obedecer às instruções do pessoal da companhia aérea do que causar problemas desnecessários, que podem acabar por atingir-nos no bolso”, acrescentou.