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Esta ilha grega quase desconhecida tem agora o seu primeiro hotel de luxo

O One&Only chegou a Kéa e está repleto de villas privadas com piscinas infinitas,.

O nome Kéa pode não lhe ser familiar. Afinal, ao contrário das mais populares, como Santorini, esta é uma ilha das Cíclades escondida entre colinas e penhascos. Ao longo dos últimos anos, que viram o número de turistas na região multiplicar-se, a ilha sempre escapou ao radar do turismo de massas, sobretudo porque nem sequer tem um porto. A chegada de um novo hotel de luxo pode mudar todo este cenário.

O One&Only Kéa Island, inaugurado no verão de 2024, foi incluído na lista das aberturas mais entusiasmantes do último ano, segundo a revista “Condé Nast Traveller”. O resort demorou cinco anos a ser construído e está isolado numa península natural com vista direta para o mar Egeu. À vista desarmada, é possível avistar o Templo de Poseidon no cabo Súnion, no continente grego.

É o 14.º projeto do grupo One&Only e o primeiro de grande dimensão na ilha. Cada quarto é, na verdade, uma villa privada com piscina infinita, terraço privado e vista desafogada. Mas não se fica por aí.

No fundo do vale encontra-se o Bond Beach Club, o restaurante à beira-mar com comida de inspiração mediterrânico-asiática, e logo atrás está o maior spa da cadeia, que ocupa três andares e tem tratamentos exclusivos assinados pela marca Subtle Energies. Há ainda um clube para crianças, campos de ténis e padel, e atividades como mergulho ou passeios na madeira iate de 1967.

No topo da colina está o lobby principal, com janelas gigantes e um restaurante panorâmico onde o céu se funde com o mar. A arquitetura, desenhada por John Heah, aposta numa estética minimalista com materiais naturais e muita luz. Até o betão foi pensado ao detalhe para imitar as texturas dos templos antigos da ilha.

As 63 villas (com uma ou duas suites) foram feitas com as pedras encontradas na própria península. Todas têm tetos altos, janelas do chão ao teto, arte original de artistas gregos e um conjunto de mimos que inclui tudo desde máscaras de olhos, tapetes de ioga, sprays de lavanda e chapéus de palha, até uma estação de cocktails com fruta fresca para as decorações.

O restaurante principal, Atria, é comandado pelo chef Dimitris Katsanos, que aposta numa cozinha tradicional com twist moderno, com destaque para o peixe fresco grelhado e uma escolha de molhos e acompanhamentos. E ainda há pratos típicos servidos como sugestões diárias e tábuas ideais para famílias. O vinho é outro ponto forte, com uma garrafeira com mais de 200 referências, quase todas gregas.

O spa — o maior de todo o grupo — foi pensado como um santuário de bem-estar, inspirado na filosofia grega dos quatro elementos. Há piscinas interiores e exteriores, zonas de relaxamento ao ar livre, salas de tratamento amplas e até programas personalizados com acompanhamento clínico.

Apesar do luxo evidente, o hotel está profundamente enraizado na história da ilha. Antes da construção começar, arqueólogos lideraram as primeiras escavações na zona e descobriram vestígios de aldeias da Idade do Cobre e figuras de argila que antecedem a mitologia olímpica. O resort organiza visitas a cada um desses locais, assim como às ruínas dos templos de Apolo e Atena.

Fora do hotel, há mais para ver. Kéa tem apenas três mil habitantes e mantém a vida tradicional quase intacta. Ideal para quem quer todos os luxos da natureza da região, mas sem o burburinho de Santorini ou Mykonos. Os preços por noite começam nos 2500€.

Como chegar lá

O destino terá necessariamente de ser o aeroporto internacional de Atenas. Os voos a partir de Lisboa, para julho, começam nos 500€ por pessoa, ida e volta.

Para chegar ao hotel, terá que apanhar um barco rápido a partir de Atenas, com uma viagem de apenas 30 minutos.

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