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A impressionante cascata com 340 metros de altura que parece não ter fim

Devido à força do vento, a água não chega a atingir o solo e transforma-se numa espécie de névoa. É um espetáculo visual único.
É impressionante.

Imponente, enorme e com um charme único. A Cachoeira da Fumaça é, inegavelmente, um dos cenários naturais mais incríveis do Brasil. Graças aos diferentes tipos de revelo, clima e vegetação, o país abriga das maiores e mais impressionantes quedas de água do mundo, que se tornaram num ponto de atração para os amantes de natureza.

Uma das maiores é precisamente a da Fumaça, situada no interior do Parque Nacional da Chapada Diamantina, no estado brasileiro da Bahia. Ergue-se a uns impressionantes 340 metros de altura, o que faz dela a segunda cascata mais alta do Brasil — só perde para a Cachoeira da Neblina, no Rio de Janeiro, com os seus 450 metros de altura. Além desse número, tem características notáveis: uma delas é o facto de parecer não ter fim, devido à sua dimensão.

Outra particularidade diz respeito à impressionante “fumaça” que se forma quando a água cai e se dispersa devido ao vento. É, aliás, esse o motivo pelo qual é conhecida como a Cachoeira da Fumaça.

As gotas finas de água, ao serem levadas pelo vento, criam uma espécie de vapor, que dá até a impressão de que se trata de água a escaldar, mas não é o caso. O efeito de vapor é ainda mais visível nos dias de vento forte.

A história da cascata remonta ao período de exploração da Chapada Diamantina. Embora a região tenha sido habitada por tribos indígenas da etnia Pataxó, foi apenas durante a época da exploração de diamantes, no final do século XIX e século XX, que os primeiros mineiros começaram a registar a beleza do local.

O reconhecimento oficial da Cachoeira da Fumaça como um ponto turístico de grande importância só veio mais recentemente. A beleza e a imponência da queda de água passaram a atrair visitantes e, em 1985, com a criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina, toda a área ao redor da cascata foi preservada.

 
 
 
 
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Hoje em dia, este monumento natural pode ser visitado através de trilhos que partem de dois pontos principais: Andaraí e Ibicoara. O mais popular é o segundo, que leva os visitantes por um percurso de aproximadamente seis horas de caminhada (ida e volta) até ao miradouro, onde é possível admirar a cascata de uma distância segura.

O caminho inclui algumas subidas e troços íngremes e pode ser ligeiramente escorregadio, dependendo das condições climatéricas. Em alguns pontos, o trajeto exige atravessar riachos e percorrer terrenos acidentados.

Outra forma de acesso é a partir do município de Andaraí, mas o percurso é mais longo: cerca de 28 quilómetros, ida e volta. Este percurso já exige três dias de viagem com acampamento pelo meio.

Apesar de não ser obrigatório a presença de um guia, é recomendado, uma vez que é fácil perder-se na imensidão do parque. Em março de 2023, por exemplo, três turistas perderam-se durante um dia até serem resgatados pelos bombeiros, já com sinais de desidratação.

O horário de visitas é das 8h às 17 horas, diariamente, mas os visitantes só podem iniciar a subida até às 13 horas, para dar tempo de ir e voltar. Não há qualquer custoso de entrada, mas é pedida uma taxa de contribuição espontânea para ajudar os bombeiros que combatem os incêndios no Vale do Capão.

Além de ser um atrativo natural, é parte de um ecossistema protegido, já que o parque natural é uma área de grande biodiversidade, com uma flora e fauna únicas. Na região, encontram-se mamíferos como o tamanduá-bandeira, a onça-parda e o veado-catingueiro, bem como aves como o beija-flor-de-gravata-verde e o papagaio-verdadeiro, além de plantas como bromélias, orquídeas e vegetação de campos rupestres que se adaptam ao terreno rochoso e seco.

Como lá chegar

O aeroporto mais próximo deste santuário fica em Lençóis e a forma mais rápida e prática de chegar ao Vale do Capão é através de carro. A viagem demora cerca de 70 quilómetros.

Se partir de Lisboa, encontra bilhetes de ida e volta desde 679€. Caso apanhe o avião no Porto ou em Faro, há voos a partir de 702€ e 932€, respetivamente.

Carregue na galeria para conhecer a segunda cascata mais alta do Brasil.

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