Quase dois milhões de pessoas em Israel podem perder o seu certificado de vacinação. O pais anunciou este domingo, 3 de outubro, um reforço das regras do seu certificado digital. As mudanças são para permitir que apenas aqueles que receberam uma dose de reforço da vacina ou que recuperaram recentemente da doença entrem em locais fechados, uma medida que gerou protestos.
Segundo a agência Lusa, alguns problemas técnicos impediram a implementação do Covid green pass atualizado pelo Ministério da Saúde enquanto milhões de israelitas tentavam reeditar a documentação que permitiria a entrada em lojas, restaurantes, eventos culturais, academias e outros locais fechados.
De acordo com as novas diretrizes, as pessoas elegíveis para um certificado devem ter recebido um reforço da vacina. Aqueles que receberam duas doses da vacina, ou aqueles que recuperaram da doença só são elegíveis por seis meses após a data da sua vacinação ou recuperação.
Os novos critérios significam que quase dois milhões de pessoas vão perder o certificado de vacinação nos próximos dias. A agência adianta ainda que o gabinete do governo sobre o novo coronavírus reúne-se este domingo para discutir as restrições existentes.
Dezenas de israelitas realizaram manifestações em todo o país em protesto contra o novo sistema, com filas de carros a obstruir estradas esta manhã, já que muitos israelitas voltaram ao trabalho este domingo, após os grandes feriados judaicos de setembro.
Os manifestantes consideram que esta é uma forma de vacinação forçada.
No verão, Israel lançou uma campanha agressiva de reforço para fortalecer a eficácia da vacina. Mais de 60 por cento da população de Israel recebeu duas doses da vacina Pfizer / BioNTech e quase 3,5 milhões dos 9,3 milhões de cidadãos receberam uma dose de reforço da vacina.
Mas pelo menos mais dois milhões receberam apenas duas doses, e muitos perderão os privilégios conferidos pelo certificado.