Marble Arch Hill: uma nova colina verde, no centro de uma das maiores cidades do mundo. Num ano em que tudo ainda é incerto, mas em que já se aposta numa reabertura progressiva do mundo às viagens, esta é a resposta de Londres a uma longa paragem forçada — um novo ponto de atrativo para visitantes, nem que sejam, no pior cenário, apenas os britânicos ou os locais.
Quem conhece bem a capital britânica já terá passado inúmeras vezes por Marble Arch: ponto de intersecção entre Hyde Park e Oxford Street, onde costumavam, pré-pandemia, estar diariamente pessoas a tocar ou recitar poemas, no seu Speaker’s Corner. Um local icónico do coração de Londres, com um jardim gigante de um lado, uma das ruas mais tentadoras em termos de compras no mundo, do outro.
É aqui que está a nascer uma nova colina verde temporária: isso mesmo, um monte verdejante, estimado em quase 200 milhões de euros nos custos para o erguer, ainda que este valor inclua outros projetos de estimulação económica da zona. Certo é que terá 25 metros de altura e abertura prevista para o verão.
Marble Arch Hill será uma estrutura que visa, adianta a revista “Lonely Planet“, redefinir a ligação entre Oxford Street e Hyde Park enquanto oferece aos visitantes vistas raras sobre o parque e sobre Marble Arch.
O objetivo? Criar um interesse renovado na área após as condições impostas pela pandemia. A instalação foi projetada pelo gabinete de arquitetos MVRDV e é composta por uma paisagem semelhante a um parque de relva e árvores, em subida. Na base, haverá uma estrutura em andaime que suportará as camadas de terra necessárias para o crescimento da camada superior de relva. A estrutura será adaptada em pontos estratégicos para abrigar árvores.
Os visitantes vão poder subir a esta colina/miradouro por um caminho que serpenteia pela encosta sul, havendo também um hall no seu interior onde deverão acontecer eventos ou exposições de arte moderna.
“Este projeto é uma oportunidade maravilhosa para dar um impulso a uma localização altamente reconhecível em Londres”, disse o sócio fundador do MVRDV, Winy Maas, citado pela revista. “É um local cheio de contradições e o nosso design destaca isso”, adiantou. O novo espaço abre em julho de 2021, não sendo ainda certo até quando funcionará.