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O francês que caminhou entre as Torres Gémeas voltou a desafiar as alturas

Desta vez, Philippe Petit, de 76 anos, atravessou um cabo no National Building Museum, em Washington.
Voltou a subir a um cabo de aço.

Em 1974, o francês Philippe Petit atravessou os 61 metros de caminho entre o cimo das Torres Gémeas apoiado numa fina corda de aço. Estava a 466 metros de altura. De loucos, certo? A história até deu origem ao filme “The Walk: O Desafio”, que conta a história deste francês, que foi interpretado pelo ator Jospeh Gordon-Levitt. 

Aos 73 anos, Philippe Petit voltou a desafiar a gravidade e a subir às alturas (mas não tanto). Desta vez, estava a 15 metros de altura — mas continua a ser impressionante. Na quinta-feira, 23 de março, o francês voltou a fazer a proeza, sem rede de segurança ou proteção para o corpo, no National Building Museum, em Washington, durante um jantar de gala. 

“Sim, sou destemido, Não tenho medo da vida. Não tenho medo da morte”, disse Petit em entrevista ao “The Washington Post”. Foi a primeira apresentação do francês em Washington e contou com cerca de 300 convidados, que estavam num jantar que custava 300€ por pessoa e que servia para ajudar a financiar a próxima exposição do museu, “Building Stories”.

Assim que terminaram as entradas, os empregados retiraram todas as peças de vidro e talheres da mesa para que ninguém, acidentalmente, fizesse barulho e causasse uma distração fatal. As velas de cada mesa também foram apagadas e os convidados foram obrigados a permanecer sentados.

Com um casaco branco e ao som de um violino, Philippe Petit deu um passo, depois outro, e atravessou o Grande Salão do National Building Museum, a 15 metros do chão. Na primeira paragem, quando chegou a meio do fio, ainda teve tempo de brincar, enfiar a mão no bolso e atirar purpurinas para a multidão. Numa outra pausa, chegou a deitar-se no cabo.

Para Petit, aquele é “o lugar mais seguro da Terra”. “O meu corpo está a ficar menos flexível, menos forte e tudo mais, mas a minha mente está cada vez mais jovem e a cada dia a minha paixão não diminui”.

“Quando eu tinha 18 anos, era arrogante, rebelde e tinha [algo] a provar ao mundo. Bem, com 74 anos, já não preciso de provar nada”, afirmou o francês, que admite ter mais domínio na sua arte atualmente do que quando era um jovem de 18 anos.

Apesar da idade, Petit diz que tem em mente possíveis locais para continuar a subir às alturas, “lugares extraordinários”, como “desfiladeiros, icebergs e edifícios incríveis”.

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