Assistir ao nascimento de um golfinho, mesmo que seja através de um vídeo na Internet, é sempre especial. É um acontecimento único, até porque, ao contrário de outros mamíferos, só nasce uma única cria — e um desses momentos acabou de se tornar viral nas redes sociais.
O parto de um golfinho no fundo do mar, cuja localização não foi revelada, foi captado em vídeo — e as imagens são emocionantes. A sequência, divulgada pelo jornal “Excelsior”, dura pouco menos de um minuto e mostra a beleza da natureza e aquilo que realmente acontece no mundo marinho.
No vídeo, é possível ver o golfinho bebé a sair (pelo lado da cauda), enquanto a mãe nada até conseguir expulsar o feto. Já cá fora, a cria nada rapidamente ao lado da progenitora, que continua a sangrar. “Que beleza”, ou “Fascinante. A natureza nunca para de nos surpreender com as suas maravilhas” são apenas alguns dos comentários de internautas impressionados com o momento.
🐬 | Curiosidad: El nacimiento de un delfín es un suceso singular, dado que normalmente nace un solo crío que, a diferencia de otros mamíferos, tiende a salir al mundo exterior comenzando por la cola.
pic.twitter.com/uQACl7Ov0k— UHN Plus (@UHN_Plus) September 19, 2023
A gestação de um golfinho dura 12 meses, mas as crias nascem sem saber nadar. “Um dos comportamentos da mãe é empurrar a cria para a superfície para que ela respire”, explicou à NiT o marinheiro Bartolomeu Paes, quando a equipa da SeaEO Tours também assistiu a um destes momentos raros.
Eram precisamente 10h37 do dia 27 de julho quando um dos barcos da empresa portuguesa desligou os motores para ver um golfinho a dar à luz entre a Trafaria e Algés. Os tripulantes avistaram um grupo de cerca de oito golfinhos — uns meio escondidos debaixo da água, outros a saltar para verem a luz do dia. Estavam ali várias fêmeas com crias recém-nascidas, com cerca de três ou quatro semanas, até perceberem que uma delas agia de forma diferente.
“Vi um golfinho que estava muito mais tranquilo à superfície. Vinha ao de cima, mas sem se movimentar muito, só com o movimento da respiração. Depois vi uma cria a sair de lá, mesmo muito pequenina”, recorda o marinheiro, que ficou “espantando” quando começou a ver uma coisa cor de laranja agarrada à fêmea.
“Primeiro pensei que estava ferida, mas após observar melhor vi que estava presa à barbatana caudal. Foi aí que percebemos que se tratava da placenta”, recorda. O momento durou cerca de 10 minutos e ainda tiveram tempo de gravar um pequeno vídeo, onde se vê a “barbatana caudal com um movimento pouco natural porque tentava livrar-se da placenta”. Depois, voltou a descer um bocadinho, mas sempre com a cria ao lado dela.