Longe de confusões e de resorts apinhados, com experiências únicas para todos os dias de estadia e com 355 dias de sol por ano. É esta a proposta de um dos hotéis mais incríveis do mundo e que ainda cheira a novo.
Inaugurado em janeiro, no estado mexicano da Baixa Califórnia do Sul, a 70 quilómetros de Cabo San Lucas, tem apenas 35 quartos e aposta no luxo e na originalidade em todas as vertentes, ao mesmo tempo que promete imersão total na paisagem única de Todos Santos que é Reserva da Biosfera da UNESCO.
O Paradero Todos Santos adota o nome da pequena cidade costeira mexicana, retiro de surf de eleição. A natureza aqui é, também ela, surpreendente. Próxima do Trópico de Cancer, engloba cinco ecossistemas diferentes à distância de curtas viagens: do deserto à serra, das paradisíacas praias do Pacífico a oásis e terras de cultivo.
O hotel tem um pouco mais de dois hectares de área explorável e camufla-se na paisagem de tons terra, apesar do volume e das formas intrusivas do edifício que é, também ele, uma obra admirável de arquitetura.
Desenhado pelos arquitetos Ruben Valdez e Yashar Yektajo, o hotel aposta em estruturas de betão que se integram na paisagem com formas geométricas inesperadas — isto para permitir que cada um dos 35 quartos tenha uma vista privilegiada da natureza que rodeia o alojamento.
Todas as janelas estão estrategicamente colocadas para permitir uma ventilação que atenue o duro calor mexicano, apesar de, claro, haver todos os sistemas de refrigeração e de conforto. Conforto é o que não falta: se as suites mais pequenas têm uns bem simpáticos 78 metros quadrados, as mais luxuosas chegam aos 248.
Existem 16 Garden Suites, situadas no rés-do-chão, que se abrem para o exterior, onde é possível encontrar zonas privativas com redes e algumas com uma pequena plunge pool.
No piso superior estão as 18 Rooftop Suites, que trocam essas mordomias exteriores pelos não menos impressionantes terraços com vistas sobre a paisagem — e sobre as estrelas, sempre visíveis dada a pouquíssima poluição luminosa da região.
Há ainda uma residência com 248 metros quadrados, a Master Casita, que tem três pisos, uma kitchenette e tudo o que incluem todas as outras suites.
Fora do ambiente privado dos quartos, tudo é igualmente belo, a começar pela piscina infinita de 40 metros, desenhada para acompanhar a paisagem. À sua volta, longas almofadas que substituem as intrusivas espreguiçadeiras, lado a lado de pequenas mesas de madeira. Texturas, cores e ambiente em simbiose perfeita com a natureza.
A natureza é também o grande apelo do hotel mexicano, que aposta nas experiências que reserva para os hóspedes, de visitas às praias locais, a caminhadas e passeios de bicicleta pela serra ou pela costa.
Pode ainda aprender a cultivar, a surfar, fazer um treino com um PT ou trancar-se no spa e experimentar uma tradicional cerimónia Maia, a Temazcal, cujo tratamento é feito numa tenda de barro com pedras vulcânicas. Ou, se o apetite apertar, fazer parte de uma das Taco Tours.
O outro orgulho do Paradero é o restaurante, chefiado por Eduardo Ríos, antigo aprendiz do premiado e famoso chef mexicano Enrique Olvera. Com uma cozinha assente nos pratos feitos no fogo, a ementa aposta no rico e saboroso marisco da costa.
Tudo isto tem um preço alto: os valores da estadia começam nos 500€ para as Garden Suites e podem chegar aos 1.600€ para a suite mais espaçosa.
Como chegar lá
Os ziguezagues das viagens aéreas prometem um percurso complicado, mas compensador. Os voos a partir de Lisboa obrigam a pelo menos duas escalas, em Madrid e na Cidade do México, rumo ao aeroporto de San Jose del Cabo. O custo mínimo fica-se pelos 500€.
E porque não vai para um hotel qualquer, o serviço de transfer é oferecido e é feito “num SUV de luxo”, com direito a “toalhas refrescantes e bebidas geladas”, para que a viagem de uma hora seja feita numa brisa.
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