A ideia de abrir um paraíso de surf na Escócia, um país que não é propriamente um destino de praia (muito pelo contrário) pode parecer improvável e até absurdo, mas vai mesmo acontecer. A capital, Edimburgo, foi o local escolhido para a construção do primeiro resort de surf em terra firme do mundo.
Situado num parque com cerca de 20 hectares, a meia hora do aeroporto, o complexo de 55 milhões de euros vai nascer na antiga pedreira Craigpark, que fechou na década de 1990. Com inauguração prevista para setembro de 2024, o Lost Shore Surf Resort, que começou a ser construído em 2020, vai incluir alojamentos luxuosos, restaurantes, spas e lojas, mas o grande protagonista é mesmo o desporto aquático — e a piscina de última geração capaz de gerar “até mil ondas por hora”.
A instalação de classe mundial “mudará o panorama do turismo escocês”, descrevem. “Vamos trazer um desporto icónico para um novo lar no interior, estabelecendo ainda mais a Escócia como o destino favorito para a aventura”, explicam no site do empreendimento.
O principal atrativo do resort será a piscina com 160 metros de comprimento, que oferecerá uma “experiência de surf como nenhuma outra”. A lagoa será sustentável e ecológica e vai contar com a tecnologia Wavegarden, que se destaca por ser a mais eficiente do mercado, com capacidade de recuperar e reaproveitar parte da energia gerada por cada onda. Com esta engenharia, é possível produzir vinte tipos de ondas até dois metros de altura.
“A grande vantagem é que é projetado para todos os níveis. É menos intimidante do que o mar aberto para quem não tem experiência, e mais consistente para surfistas experientes”, reforçam.
O sistema de geração de ondas da empresa espanhola tem um consumo máximo de 1 kWh por onda, ou seja, 10 cêntimos. “As lagoas do Wavegarden são especificamente projetadas para proporcionarem uma enorme quantidade e variedade de ondas com o menor consumo de energia e água possível”, destacam.
No entanto, é a variedade de outras atividades e ofertas de lazer, bem como os alojamentos diferenciadores, que tornam o Lost Shore tão especial. As acomodações de luxo incluem 31 lodges de três e quatro quartos, bem como oito Waves e Kurvs, uma espécie de cabanas modernas e com um design diferenciador, projetadas pela Armadilla, que acomodam até seis pessoas.
Para quem preferir um espaço mais intimista, pode sempre optar por um dos 22 pods, ideais para casais. Com recursos de alta tecnologia, incluindo chão aquecido, as unidades de alojamento “à beira-mar” ficam localizadas numa encosta em socalcos, com uma vista incrível para toda a baía.
O responsável por dar vida a este projeto inovador é Andy Hadden, um antigo jogador de rugby que também adora surf. A paixão pelo desporto que pratica desde miúdo e que o tem acompanhado ao longo da vida inspirou-o a criar o Lost Shore.
Assim que estiver pronto para abrir ao público, as aulas de surf começam a partir dos 100€ (três sessões), enquanto a estadia começa nos 100€, caso pernoite nas pods. As reservas ainda não estão disponíveis, mas já é possível comprar vouchers online, tanto para as aulas, como para o alojamento.
Como lá chegar
O Lost Shore fica a menos de meia hora de carro de Edimburgo e apenas 45 minutos de Glasgow. Se voar até à capital escocesa, encontra bilhetes de ida e volta, com partida de Lisboa, em setembro, desde 153€.
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