É um privilégio que muitos consideramos garantido. A verdade é que os portugueses raramente precisam de vistos para entrarem nos países que mais desejam conhecer. E não existem assim tantas nacionalidades no mundo com esta liberdade, ou poder, como é oficialmente chamado.
O ranking mundial da Henley Passport Index, relizados desde 2006, elenca os países com base na liberdade de circulação dos cidadãos, expressa nos seus passaportes — ou no número de destinos que os seus titulares podem visitar sem um visto prévio.
No caso do passaporte português, permite viajar até 189 de um total de 227 países sem necessidade de visto. Estes dados conferem a Portugal a quinta posição na lista oficial, divulgada a 23 de julho, tendo subido uma posição face à lista divulgada no ano passado.
O primeiro lugar do ranking é ocupado por Singapura, que permite aos seus cidadãos viajarem para 195 destinos. O país no sudeste asiático volta a liderar a tabela após ter ficado no topo em 2018, 2021 e 2022.
Seguem-se França, Alemanha, Itália, Japão, Espanha, no segundo lugar, com um passaporte que permite circular em 192 destinos. Já na terceira posição surgem Coreia do Sul, a Suécia, a Finlândia, a Áustria, a Irlanda, o Luxemburgo e os Países Baixos, que podem viajar para 191 destinos.
Ainda antes de Portugal, que partilha a quinta posição com a Austrália, está o Reino Unido, a Nova Zelândia, Noruega, Bélgica, Dinamarca e a Suíça. Os cidadãos destas nações podem viajar para 190 destinos diferentes com o seu passaporte.
Entre 2008 e 2009, Portugal conquistou o título de segundo passaporte mais valioso do mundo por duas vezes consecutivas. No ano seguinte, desceu para a oitava posição, sendo essa a pior classificação no ranking mundial nos últimos 18 anos.
Apesar da liberdade, o passaporte português exclui viagens para países como a Rússia, China, Cuba, Índia, Coreia do Norte ou Paquistão. Se quiser fazer alguma paragem num destes destinos, é preciso solicitar um visto autorizado com antecedência.