Há mais de um ano que a situação se repete: entre os casos de coronavírus elevados no Reino Unido e a sua nova variante, e as ocasiões em que Portugal tem mais casos e maior incidência, os dois países têm estado sucessivamente separados por fechos, restrições e quarentenas.
Isso pode terminar já no mês de maio. Segundo avança o jornal britânico “The Telegraph“, o nosso Pais pode entrar, no próximo mês, na lista verde, ou seja na lista de países de um corredor verde, de viagens de e para o Reino Unido, onde nem as quarentenas são impostas.
Os avanços na vacinação e os novos casos controlados estarão na origem desta medida, adianta o jornal. Este recorda que Portugal já foi retirado da lista vermelha do Reino Unido em março, mas numa altura em que sobem as especulações sobre a criação de “corredores insulares” para este verão, a adição de Portugal continental à lista verde “parece provável, uma vez que a taxa média de casos diários do país permanece consistentemente abaixo de 500”. Para contexto, diz o próprio jornal inglês, a taxa média de casos diários do Reino Unido é ainda superior a dois mil.
“Portugal deve ser verde a partir de 17 de maio”, explicou Paul Charles, CEO da consultoria de viagens The PC Agency. “Sem variantes, baixa taxa de infeção, aumento da implementação da vacinação e bom sequenciamento genómico”, esta é uma possibilidade adianta. Até porque 24,6 por cento da população portuguesa já terá recebido a sua primeira vacina, sendo esperado que o Reino Unido use o critério de 30 por cento de população com uma inoculação para ajudar a decidir quem entra nestes corredores.
O “The Telegraph” recorda ainda que Portugal também já levantou a proibição de voos do Reino Unido em março, e a ministra do turismo, Rita Marques, disse este mês que tentaria “a todo custo evitar quarentenas e testes adicionais de Covid-19” para chegadas internacionais, acrescentando acreditar que o Reino Unido continuará a ser o nosso maior mercado interno.
Recorde-se que mais de três milhões de britânicos visitaram Portugal em 2019, o último ano antes da pandemia.