A entrada de cidadãos europeus no Reino Unido está a tornar-se progressivamente mais complicada. A partir de abril do próximo ano, será necessário, além do passaporte, obter uma Autorização Eletrónica de Viagem (ETA). Este pedido é essencial para viagens de turismo, negócios ou estudos, desde que a estadia não ultrapasse os seis meses.
As autoridades britânicas informaram que a ETA será processada e emitida em até três dias úteis, sem exceções. Apenas os europeus que residiam no Reino Unido antes do Brexit, aqueles com estatuto de residente permanente, britânicos a viver no estrangeiro e cidadãos da República da Irlanda estarão dispensados deste registo.
A solicitação da autorização será feita através de um site criado especificamente para esse propósito. Os viajantes deverão enviar uma fotografia e responder a algumas perguntas sobre o objetivo da viagem. A Autorização Eletrónica de Viagem terá a validade de dois anos e custará 10 libras (aproximadamente 12 euros). É relevante notar que a ETA pode ser negada com base em antecedentes criminais ou em situações que representem um risco, como o terrorismo.
Os visitantes de países não europeus, como os Estados Unidos, Brasil e Japão, poderão submeter os seus pedidos a partir de 27 de novembro e necessitarão de apresentar a autorização a partir de 8 de janeiro. Para os turistas europeus, a nova medida terá início a 2 de abril, com a possibilidade de fazer os pedidos a partir de 5 de março.
Este novo sistema britânico assemelha-se ao que já é utilizado por nações como os EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, além do Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagens (ETIAS), que a União Europeia pretende implementar no primeiro semestre de 2025.