Aventuras, pedidos de casamento ou segredos. Ao longo de quase 300 anos de existência, a Fontana di Trevi, em Roma, já viu um pouco de tudo. É um dos pontos turísticos mais icónicos e concorridos da capital italiana, mas a enorme afluência de visitantes tem causado desgaste no monumento e dificultado a apreciação da obra.
Agora, a autarquia quer avançar com uma medida para os efeitos do turismo excessivo. Roma está a considerar a implementação de um sistema de bilhetes para a visita ao monumento, segundo o anúncio feito esta quarta-feira, 4 de setembro.
A iniciativa visa não apenas preservar a integridade do monumento, mas também melhorar a experiência de visitantes e residentes. Um dos principais problemas é o grande número de visitantes que se acomodam nas suas bordas, muitas vezes a comer e beber. Além disso, a previsão de um aumento significativo no turismo torna a medida ainda mais relevante.
“Pessoalmente, seria favorável à procura de uma nova forma de acesso, limitado e cronometrado, à Fontana di Trevi”, revelou o vereador Alessandro Onorato ao jornal italiano “Corriere della Sera”, acrescentando que seria “um sistema de reserva de bilhetes gratuito para os romanos e com um custo simbólico de um euro para os turistas”.
Outro dos objetivos é impedir as multidões de “comerem gelados ou pizzas num monumento que merece o devido respeito”, acrescentou.
A autarquia também planeia reforçar a segurança e o policiamento na área, que, a par com o controlo de acesso, poderá ajudar a garantir que a Fontana di Trevi mantenha sua majestade e beleza, oferecendo uma experiência mais agradável para todos. Este monumento tem sido recuperado ao longo dos anos e, já em 2015, teve alguns restauros, ao mesmo tempo que foram retiradas da praça as barracas de souvenirs que ali estavam.
Essa ação reflete um esforço mais amplo da cidade para lidar com os desafios do turismo em massa e promover uma convivência harmoniosa entre visitantes e moradores.
O turismo em Roma tem batido recordes e, em 2025, prevê-se um aumento. Decorre o Jubileu, um ano sagrado realizado pela Igreja Católica, uma vez a cada 25 anos. São esperados cerca de 30 milhões de pessoas em Roma e no Vaticano, durante os 12 meses do próximo ano.