As ilhas gregas, conhecidas pelas águas cristalinas, clima quente e boa comida, são um destino muito popular durante o verão europeu, especialmente Mikonos e Santorini. No entanto, a crescente afluência de turistas tem gerado desafios, como a superlotação das ruas e praias, levando as autoridades locais a implementarem medidas para minimizar o problema.
Com o intuito de promover um turismo sustentável, o governo grego anunciou a criação de uma taxa turística para quem visita Santorini e Mykonos durante a época alta. A cobrança de 20€ por dia nestes dois destinos foi confirmada esta segunda-feira, 9 de setembro, após o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, ter abordado a criação do imposto, no sábado, 7, durante um discurso na Feira Internacional de Salónica.
“A taxa será mais elevada em Santorini e Mykonos e mais baixa nas restantes ilhas gregas”, esclareceu o governante, sublinhando que o desenvolvimento do turismo deve basear-se na “proteção do ambiente natural único” da Grécia. A medida começou a ser equacionada após o “verão caótico” de 2023 — as ilhas, com uma população de aproximadamente 40 mil habitantes, receberam cerca de sete milhões de turistas. O excesso de visitantes ameaçou a sustentabilidade dos dois territórios devido à escassez de água potável.
Entre abril e outubro do próximo ano, o executivo grego também irá rever em alto o imposto sobre os arrendamentos de curta duração, em hotéis e outros alojamentos. Parte da receita arrecadada será usada pelas comunidades locais para “melhorar e adaptar as infraestruturas à carga de turistas”.
A crise de habitação em Atenas também se tornou uma preocupação, levando à decisão de proibir a criação de alojamentos destinados a arrendamentos de curta duração no centro da cidade por um ano.
O primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis, enfatizou “a importância de equilibrar o direito de ganhar dinheiro com o direito à habitação adequada para todos os cidadãos”. Estas medidas refletem um esforço do executivo para proteger o património natural e cultural da Grécia, procurando assegurar que os habitantes permanentes possam viver dignamente.