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Tripulantes da TAP avançam com novo pré-aviso de greve para final de janeiro

Será a segunda paralisação em menos de dois meses. A primeira custou milhões de euros e levou ao cancelamento de centenas de voos.
O melhor é não reservar voos para essas datas.

Se estava a pensar aproveitar este primeiro mês do ano para viajar, mas ainda não reservou os voos, é melhor pensar duas vezes antes de avançar com a ideia. Depois da greve dos tripulantes de cabine da TAP levada a cabo nos dias 8 e 9 de dezembro, a próxima pode paragem acontecer muito em breve. Os funcionários da companhia aérea tencionam fazer uma nova paralisação entre 25 e 31 de janeiro.

O pré-aviso para mais de sete dias de protesto será entregue esta terça-feira, 10 de janeiro, pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC). Conforme havia sido estipulado na última assembleia geral (AG) da associação sindical, os trabalhadores foram notificados esta segunda-feira. A decisão relativa à nova paragem surgiu após de ter sido acordado na reunião, que teve lugar a 6 de dezembro, que seriam realizados “um mínimo de cinco dias de greve a realizar até dia 31 de janeiro”.

“Apelo, desde já, à adesão de todos para que, mais uma vez, possamos dar nota cabal à empresa da nossa união em torno do descontentamento relativamente às matérias abordadas e deliberadas na AG de dia 3 de novembro, que constituem as nossas reivindicações legítimas e responsáveis”, afirmou, em comunicado citado pelo “Público”, o presidente da assembleia geral, Ricardo Andrade.

Em causa está o braço de ferro nas negociações relativas aos novos acordos de empresa (AE) entre a administração da empresa e os tripulantes de cabine. A discussão entre as duas partes começou a 14 de outubro, quando a TAP denunciou o atual AE e propôs um novo modelo que, na ótica do SNPVAC, é “indigno e inqualificável”.

Esta é a segunda greve dos tripulantes em dois meses. A paralisação de dezembro custou à companhia oito milhões de euros e levou mesmo ao cancelamento de 360 voos.

Ainda que tenham estado sentados à mesa nas semanas que antecederam o protesto, a TAP acabou por anunciar não ter conseguido chegar a um acordo com o SNPVAC e as greves avançaram. Já depois da primeira paralisação, a diretora executiva da empresa, Christine Ourmières-Widener, assumiu estar otimista face à possibilidade de chegar a um entendimento com o SNPVAC. O objetivo seria evitar um novo protesto que, a avançar, teria um custo superior aos oito milhões de euros em relação às últimas paralisações por se tratarem de mais dias, admitiu a responsável.

“Reunimos com o SNPVAC e acredito que estamos a ter um bom desenvolvimento nas conversações. Embora seja cedo, acredito que estejamos a ir numa boa direção. Estamos a tentar chegar a acordo e acreditamos que este seja possível”, indicou Ourmières-Widener em dezembro, relembrando, no entanto, que apesar da abertura para negociar com os trabalhadores, existe uma barreira inultrapassável. “O nosso limite é o acordo de emergência e já o dissemos. É um compromisso entre o governo e a Comissão Europeia e é um limite que não poderemos ultrapassar”, alertou a diretora executiva da TAP, citada pelo “Dinheiro Vivo”.

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