Se costuma viajar através de companhias low cost, provavelmente já passou a noite anterior ao voo de fita métrica na mão a medir sacos, malas ou mochilas. Tudo para escolher a opção certa para levar na cabine. O exercício é stressante, mas devido às taxas cobradas por todas as bagagens que ultrapassem determinadas medidas e/ou peso.
A discussão chegou agora à União Europeia e promete mudar a vida de quem anda de avião. Uma moção que obriga as companhias aéreas a permitirem o transporte de uma bagagem de cabine a custo zero foi aprovada por unanimidade. A decisão foi tomada esta quarta-feira, 27 de setembro, pela Comissão das Petições do Parlamento Europeu (PETI).
Um dos fatores que levaram à ação é o facto de todas as low cost adotarem taxas diferentes. Com esta proposta, e a uniformização das medidas e do peso da bagagem, significa que podem acabar as multas na porta de embarque, entre outras práticas que têm sido adotadas pelos operadores.
No caso da Ryanair, uma das companhias aéreas de baixo custa que operam em Portugal, todos os passageiros têm direito a levar uma pequena mala pessoal a bordo e que deve caber por baixo do assento à sua frente. O tamanho estipulado pela empresa irlandesa é de 40x20x25 centímetros e não pode ser colocada no compartimento superior.
Outras low cost que operam no nosso País permitem levar malas maiores. Na easyJet, por exemplo, a dimensão máxima é de 56x45x25 centímetros; enquanto na Vueling pode colocar gratuitamente, também por baixo do lugar da frente, um saco ou mochila com 40x20x30 centímetros. Se tiver de os colocar no compartimento superior, terá igualmente de pagar uma tarifa extra
A proposta, do eurodeputado Jordi Cañas, segue agora para o Tribunal de Justiça da União Europeia, de forma a avaliar a sua viabilidade. Em 2014, o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) também já tinha considerado a bagagem de mão um “elemento indispensável” para o passageiro, segundo o “ECO”.
Enquanto a decisão não é tomada, é preciso arranjar soluções. Carregue na galeria para e descubra modelos de bagagem (de várias marcas e preços) que poderá levar na cabine — sem pagar mais por isso.