Depois da obrigatoriedade do passaporte, viajar para o Reino Unido vai tornar-se ainda mais complicado (e caro). Os cidadãos europeus vão precisar de uma autorização especial para entrar em Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte a partir de dia 2 de abril.
O documento eletrónico, que passa a ser obrigatório a todos os viajantes, chama-se Autorização Eletrónica de Viagem (ETA) e implica o registo com antecedência de dados pessoais e biométricos por via digital. O sistema exige ainda o pagamento de uma taxa de 10 libras (cerca de 12€) e terá uma validade de dois anos.
Os pedidos para a ETA, que funciona como uma espécie de visto, podem começar a ser feitos a partir desta quarta-feira, 5 de março. A exigência de uma autorização especial já era obrigatório para países não europeus, como os Estados Unidos, Brasil e Japão, desde janeiro.
O documento deverá ser pedido com antecedência, uma vez que pode demorar até três dias a ser concedido. O pedido pode ser feito através de uma aplicação criada para o efeito, que exige o registo dos dados pessoais e biométricos e o pagamento da tal taxa.
Nos dois anos seguintes, o turista pode viajar para o Reino Unido sem precisar de uma nova autorização. No entanto, o pedido terá de ser renovado se o passaporte mudar. Para aqueles que vão apenas fazer escala no Reino Unido, à partida não deverão precisar da autorização, desde que não tenham de passar pelo controlo de fronteiras.
Este novo sistema britânico assemelha-se ao que já é utilizado em países como os EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, além do Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagens (ETIAS), que a União Europeia pretende implementar no primeiro semestre de 2025.