Se tem viagem marcada com a Ryanair nos próximos tempos, é melhor ficar atento ao e-mail: é possível que o voo seja cancelado. E, desta vez, a culpa não é das greves.
A companhia aérea low cost anunciou esta quinta-feira, 28 de setembro, que vai ser forçada a cancelar voos a partir do final de outubro devido aos atrasos nas entregas dos aviões Boeing entre setembro e dezembro. Michael O’Leary, CEO da empresa, adiantou que os cancelamentos “serão comunicados a todos os passageiros afetados por e-mail nos próximos dias”. Aos viajantes afetados será oferecida reacomodação em voos alternativos ou o reembolso total, se assim o desejarem.
A Ryanair já anunciou que irá reduzir a frota em vários aeroportos: menos três aeronaves em Charleroi (Bélgica), menos duas em Dublin e terá menos cinco aviões em quatro bases italianas, incluindo Bérgamo, Nápoles e Pisa. Também haverá reduções de aeronaves em East Midlands, no Porto e na Colónia.
A companhia aérea de baixo custo esperava receber 27 aviões no último trimestre deste ano, mas devido a atrasos na produção nas instalações da Spirit Fuselage, em Wichita (EUA), assim como os atrasos nas reparações e entregas da Boeing em Seattle, só deverá receber 14 aeronaves entre outubro e dezembro.
A empresa afirma que está “a fazer tudo para tentar acelerar as entregas no período de janeiro a maio de 2024,” para conseguir arrancar a época alta, no verão do próximo ano, já com as 57 novas aeronaves previstas.
A Ryanair pede desculpa por estes cortes “inevitáveis”, uma vez que não dispõe de aviões de reserva para o inverno, porque é necessário realizar a manutenção programada em toda a frota (com mais de 550 aeronaves), para conseguir ter tudo preparado para o “programa de verão mais vasto” que a companhia quer implementar.
