Viajar de comboio entre Lisboa e Madrid vai tornar-se muito mais rápido até 2030, com a promessa de apenas cinco horas de caminho (atualmente são mais de nove). Duração que será reduzida para três horas até 2034, graças a uma ligação de alta velocidade. A garantia chega através de um anúncio conjunto dos governos português e espanhol, feito esta quinta-feira, 30 de outubro.
Segundo o Ministério das Infraestruturas de Portugal, os países “deram um passo decisivo para aproximar ainda mais as capitais ibéricas”. O ministro Miguel Pinto Luz garante ainda que ambos estão empenhados em acelerar as obras dos troços que faltam.
O grande objetivo, dizem os governantes, é criar ligações ferroviárias mais rápidas. Em termos de metas, a estratégia ibérica pretente concluir as obras na nova linha de alta velocidade entre Évora e Caia até 2025 (para começar a operar no ano seguinte) e entrar na operação do troço Plasencia-Talayuela até 2028.
Além destas, deverá ser construída a segunda via entre Poceirão e Bombel em 2026, com conclusão prevista até 2029 — e início de operação no ano seguinte. Por fim, será necessário concluir os estudos para a nova linha Lisboa-Évora, incluindo a Terceira Travessia sobre o Tejo até 2027.
“A nova ligação ferroviária entre Lisboa e Madrid representa uma alternativa mais competitiva do ponto de vista de custo e conveniência para os passageiros dos mais de 40 voos diários entre as duas capitais, promovendo também a transferência modal para um transporte com menor pegada carbónica”, revelou o Ministério.
Numa segunda fase, com os olhos em 2034, os objetivos passam por construir a nova nova linha de alta velocidade Lisboa-Évora, e duplicá-la (caso se justifique a necessidade), implementar um sistema europeu de gestão de tráfego ferroviário em diversos trechos entre Lisboa e Madrid, e a eventual construção do novo troço de alta velocidade entre Caia e Badajoz e Estação Ferroviária Internacional Elvas-Badajoz, na fronteira entre os dois países.
“Ao reduzir significativamente o tempo de viagem para cerca de três horas até 2034, este projeto não só reforça a coesão territorial e económica, mas também contribui diretamente para a redução das emissões de gases com efeito de estufa, contribuindo para uma mobilidade mais sustentável em Portugal e na Península Ibérica”, pode ler-se na mesma nota.
Para Miguel Pinto Luz, “este projeto é mais do que uma ligação ferroviária, é uma ponte para o futuro da mobilidade sustentável e da coesão europeia”.
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