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Visitámos o parque de diversões do Tivoli e ficámos mais felizes com a magia de Natal

Uma repórter da NiT aproveitou a época natalícia para visitar os jardins que inspiraram o escritor Hans Christian Andersen e conta-lhe tudo.
É um dos mais famosos do mundo.

Costuma-se dizer que Copenhaga é a capital mais feliz do mundo. “Dizem que nós dinamarqueses somos as pessoas mais felizes do mundo”. Quem o garantiu foi Mads Mikkelsen, o ator que deu vida a Hannibal Lecter na série da NBC, num anúncio à cerveja Carlsberg. Mas como não tenho por hábito acreditar em tudo o que oiço, apanhei um avião até à cidade dinamarquesa para ver com os meus próprios olhos se era mesmo verdade. 

Se é, ou não, a capital mais feliz do mundo, não o posso confirmar — mas é sem dúvida uma das cidades mais mágicas onde já estive. Nem mesmo os graus negativos conseguem estragar o momento: há luzes por todo o lado, mercados de Natal a cada rua, vinho quente e, com sorte, ainda há neve no chão. Como é que podemos ser infelizes numa cidade como esta?

Ir a Copenhaga e não visitar os famosos Jardins de Tivoli é como ir a Paris e não ver a Torre Eiffel, principalmente na época natalícia. Assim que soube que ia passar uma semana na capital dinamarquesa, sabia que não podia sair de lá sem conhecer este parque temático de sonho que inspirou o escritor de contos de fadas Hans Christian Andersen e Walt Disney.

Em funcionamento desde 1843, é o segundo mais antigo e um dos mais incríveis do mundo. Apesar de qualquer altura ser boa para visitá-lo, em dezembro ganha uma magia especial, com todo parque iluminado e imensas árvores cheias de cores. As expectativas já estavam altas, mas ainda assim conseguiu superá-las.

Quando saí da estação de comboios e vi o parque à minha frente, confesso que fiquei desiludida: era mais pequeno do que estava à espera. Mas assim que entrei lá para dentro, depois de passar pelos soldadinhos de chumbo que enfeitam a entrada, parecia que estava mesmo a entrar num conto de fadas. Não é, de todo, o maior parque temático que existe na Europa, mas há tanta coisa para fazer e ver que acabámos por passar lá o dia quase todo.

Chegámos por volta da hora de almoço e ainda não estava a abarrotar de gente. Nesta época, o parque temático é mais concorrido à noite, quando fica todo iluminado. À entrada fomos recebidas com uns corações suspensas e um corredor cheio de árvores de Natal de todos os tamanhos. Há várias barracas de fast food e doces, assim como lojas que, nesta altura do ano, enchem-se com sugestões de presentes e decorações de Natal. 

Como tínhamos tempo, entrámos em praticamente todas as lojas e é incrível como se encontra sempre coisas diferentes em cada uma delas. Apesar de me terem dito que lá dentro os preços ainda eram mais caros do que os praticados na cidade, não senti grande diferença. Até encontrei alguns souvenirs mais baratos.

O bilhete para entrar nos jardins custa 20€, mas infelizmente não inclui nenhuma atração. Ou seja, para aqueles que gostam de adrenalina e querem sempre andar em tudo, o melhor é comprar um passe que dá acesso a tudo, mas fica mais 20€. 

Há quem vá sem o passe e compre as entradas nas atrações no dia — que foi o nosso caso — mas acaba por não compensar.  Cada bilhete custa entre 6€ a 10€ e, ao contrário do que estava à espera, havia muitas mais atrações do que estava à espera.

Desde a mais nostálgica montanha-russa, feita de madeira e construída em 1914, ao Vertigo, que deixa os visitantes de cabeça para baixo a 100 quilómetros por hora. Também há outras com menos adrenalina, como o The Flying Trunk, onde se pode deixar encantar com os contos de fada de Chris Hans Christian Andersen, ou a roda-gigante com vistas incríveis sobre todo o parque. Foi uma das poucas atrações em que andei e a melhor altura para o fazer é à noite, onde consegue ver os Jardins Tivoli todo iluminado. Foi mágico.

Caso não tenha o passe, não cometa o mesmo erro que nós: não vale a pena entrar no aquário. É só um espaço com apenas um aquário com alguns peixes e custa 6€. Além das atrações, o parque tem imensos jogos para tentar ganhar peluches ou outros prémios.

Quando começa a anoitecer, por volta das 16 horas, as luzes começam a acender-se e começam a chegar mais pessoas. É também nessa altura que pode assistir a uma espetacular projeção de luz na icónica fachada de Nimb, o boutique hotel do parque. Com um fundo de luzes coloridas de Natal, a projeção mostra a floresta encantada e os elfos a decorarem a sua árvore.

Mais tarde, às 19h30, 20h30 e 21h30, acontece aquele que para mim foi um dos momentos mais especiais da visita: as iluminações de Natal do Tivoli.  Durante cerca de 10 minutos, no lago do parque, há um espetáculo de iluminação, inspirado no “O Quebra-Nozes”, com a música de Tchaikovsky de fundo. É o cenário perfeito para terminar o passeio pelo mágico Tivoli. 

Como lá chegar

Ao contrário de outros parques temáticos, que se encontram mais afastados do centro da cidade, chegar aos Jardins Tivoli é bastante fácil. Depois de aterrar na capital da Dinamarca — encontra voos de ida e volta com partida de Lisboa desde 77€ — só precisa de apanhar o comboio e sair na estação central, København H. O bilhete custa cerca de 6€ e, assim que sair da estação, consegue ver logo os Jardins Tivoli.

De seguida, carregue na galeria para ver como o parque fica bonito nesta altura do ano. 

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